41ª Edição do Fazer a Festa - Festival Internacional de Teatro para a Infância e Juventude

29 de Junho a 03 de Julho 2022 - Fórum da Maia e Quinta da Caverneira

Ora muito bem, este Fazer a Festa – Festival Internacional de Teatro para a infância e Juventude é a primeira edição depois das quarentas já realizadas, portanto um novo primeiro dia do resto das nossas vidas.

Este ano ocorre de 29 de junho a 3 de julho e realiza-se, como é habitual, nestes últimos

anos, no concelho da Maia. A sua abertura será no Grande Auditório do Fórum da Maia e a restante programação no Auditório e Jardins da magnífica Quinta da Caverneira em Águas Santas, entre espectáculos ao ar livre, todos de entrada livre e outros no Auditório.

A organização, como sempre, pertence ao Teatro Art'Imagem e conta com a colaboração da Câmara Municipal da Maia e o apoio do Ministério da Cultura através da Direcção Geral das Artes.

O certame conta com 7 espectáculos protagonizados por 5 companhias portuguesas, uma galega e uma co- producao franco-espanhola e dela falaremos mais adiante. Conta também com uma exposição "Fazer a Festa – Ecos na Comunicação Social”; uma Tertúlia denominada "O Teatro para a Infância e Juventude nos meios de comunicação: divulgação e crítica” e o lançamento do número 5 da revista "Novos Cadernos Fazer a Festa".

Esta edição presta uma singela homenagem a Jorge Mendo, que nos deixou recentemente, e que foi um elemento preponderante na companhia e do Festival desde os anos noventa até aos primeiros anos do século vinte.

Nunca é demais lembrar que este Festival é um dos mais antigos que se realiza em Portugal e nunca deixou de se fazer, mesmo em anos, muitos, de vacas magras e do auge da pandemia.

É caso para dizer que todo este passado nos tem levado ao futuro e é para nós razão maior para continuar a existir, mesmo que redimensionado a nossa intensa actividade de estrutura mista, de criação e programação.

Então que teatro vos propomos?

No dia da abertura, "Mascarada" pelo Astro Fingido pelas 21h30 na quinta-feira dia 29/6 no Grande Auditório do Fórum da Maia, uma peça para M/6 anos em Estreia Absoluta, que explora o jogo de ocultação e desvelamento provocado por máscaras, físicas ou imateriais.

No sexta, 30/6 também no mesmo horário, mas agora na Quinta da Caverneira, como todos os espectáculos seguintes, será a vez de vermos "O Estado do Mundo (quando acordas), pela Formiga Atómica, que nos fala de um rapaz de 8 anos que tem muito que fazer e todos os dias consome e deita muita coisas para o lixo. A certa altura dão-lhe um estranho brinquedo que o leva a fazer uma viagem por um mundo que não conhece e que lhe mostra o quanto o planeta está doente e precisa de ser salvo antes que desapareça. Esta peça é para M/12.

Na noite de sexta, 1 de Julho, nos Jardins da Quinta da Caverneira, pelas 21h30 apresenta- se o Teatro de Montemuro com "Mentira a quanto obrigas", para M/12 anos, com verdades e mentiras leva-nos a conhecer dois jovens irmãos, Francisco e António, o primeiro gostava de caçar, andar entre montes e até falar com passarinhos, o outro era um poeta e um sonhador e falava com os peixes.

Eram ambos pastores. Tinham tudo para ser felizes na sua aldeia. Tudo? Não, porque não tinham, às vezes, rede para o telemóvel. Entretanto uma pequena mentira, acaba por os transtornar e então aparecem, para atrapalhar, outras ainda maiores...

Sábado, 2/7, começa nos jardins às 17h, com os "Nino&Mambru - Moving Compass Theatre e para M/3 anos e é inspirado no cinema de Bucha e Estica, Charlot e Buster Keaton, com máscaras e acrobacias, esgrima, mimo e improvisação...e a aparição de uma personagem chamada Ada, uma personagem cúmplice que ajuda o desenrolar da comédia.

Pelas 21h30 sobe a cena no Auditório "Plastikus", do Krisalida, um cromático espectáculo de marionetas, que nos conta a vida de Ondina, uma menina que vive junto às ondas do mar, brincando entre a espuma branca e fresca. De repente essa espuma começa a trazer objectos estranhos e que tornam as ondas cada vez mais escuras e mal cheirosas e foi assim que apareceram os Plastikus que transformaram a beleza do seu lugar num inferno...

O último dia do festival inicia-se também nos jardins o belo conto "O Principezinho", pelo O Nariz, M/6 anos, um encontro de amizade entre um aviador que caiu de um avião num pequeno planeta, onde viviam sós o Principezinho é uma rosa. Desse encontro de solidões muitas histórias contaram um ao outro, ficando ambos amigos para sempre

Terminamos pelas 19h00, no Auditório, para M/12, com "Nenos da dos galegos Perez&Fernandez/Centro Dramático Galego, que nos dão a conhecer uma história verdadeira passada em 1803, da ida de um grupo de meninos órfãos galegos que são levados para o México de barco, para servirem de cobaias na vacinação da varíola, uma epidemia que então graça no continente americano. Esta peça ganhou o Prémio Maria Casares da Melhor Peça Infantil do Teatro Galego em 2021. Também esta, uma estreia em Portugal.

E assim e como é da praxe, terminaremos com os cantares de parabéns e uma pequena festa à volta de um bolo festivo. Esperamos que tenham um bom Fazer a Festa e bom Teatro para todos e em especial os mais novos.


José Leitão - Diretor Artístico do Teatro Art’Imagem

Programação

29 de Junho

16h00 - Galeria da Quinta da Caverneira

Fazer a Festa – Ecos na Comunicação Social

Abertura de Exposição


Desde a sua primeira edição, o Fazer a Festa – Festival Internacional de Teatro para a Infância e Juventude, teve uma grande cobertura por parte dos jornais do Porto e nacionais, tendo nestas 40 edições um robusto cliping de mais de 300 notícias.

 Esta exposição pretende revelar o Fazer a Festa através de vários elementos da Comunicação Social: notícias de jornais, reportagens televisivas, etc., a sua receção e o olhar jornalístico.


Curadoria: José Maia

21h30 - Fórum da Maia

Mascarada

Astro Fingido (Paredes)

ESTREIA ABSOLUTA


Nesta Mascarada abordamos a máscara em diferentes vertentes: a máscara que nos distingue e aquela que nos iguala, a máscara como extensão do eu, ... e a máscara social, essa máscara invisível que usamos para nos adaptarmos a cada contexto num mundo de aparências. É, portanto, de relações de poder, de status, de tensões dialécticas no encontro com o outro num mundo globalizado, que queremos falar.

Mascarada explora o jogo de ocultação e desvelamento provocado por máscaras, físicas ou imateriais, em prol do reconhecimento e aceitação pelo colectivo.


Encenação Andrea Gabilondo e Fernando Moreira Dramaturgia Andrea Gabilondo, Ângela Marques e Fernando Moreira Música e Sonoplastia Albrecht Loops Espaço cénico e máscaras Hernani Miranda Desenho de Luz Luís Ribeiro Interpretação Ângela Marques, Emílio Gomes, Odete Môsso e Luísa Alves Fotografia Paulo Pimenta Vídeo Duarte Guedes e Nuno Simões Design gráfico Atelier d'Alves Produção executiva Susana Oliveira

30 de Junho

15h00 - Jardins da Quinta da Caverneira

O Teatro para a Infância e Juventude nos meios de comunicação: divulgação e crítica

Tertúlia/Encontro


Que presença do Teatro para a Infância e Juventude nos meios de comunicação? Há reflexão crítica nos jornais e blogs sobre o teatro para este público? Qual a importância dos meios de comunicação na divulgação no Teatro para a Infância e Juventude? São divulgados da mesma forma os espetáculos e os festivais de teatro para este jovem público? O que mudou?


Moderação: Micaela Barbosa

18h30 - Jardins da Quinta da Caverneira

Novos Cadernos Fazer a Festa

Lançamento e Apresentação da 5ª Edição


Em 1989, na VIII edição do festival foi editado em colaboração com as Edições ASA o nº 1 do CADERNOS FAZER A FESTA, uma publicação que tinha como objectivo «dar a conhecer alguns textos e opiniões sobre a problemática do teatro para a infância e juventude, matéria de debate nas várias edições do Festival». A ambição era ser uma publicação anual, que só foi cumprida no ano seguinte com o segundo número. Passadas três décadas, em 2017, na 35ª edição do Festival, retomou-se essa publicação com o nome de Novos Cadernos Fazer a Festa. Este ano será apresentado o nº 5 relativo à 40ª edição.

21h30 - Auditório da Quinta da Caverneira

O Estado do Mundo (quando acordas)

Formiga Atómica (Lisboa)

M/6 I 50m


Até que ponto objectos do nosso quotidiano podem ser responsáveis por grandes catástrofes naturais? Qual o impacto das nossas acções no outro lado do planeta? O Estado do Mundo (Quando Acordas) coloca em cena relações de causa-efeito entre pequenos gestos e grandes consequências. Edi é um rapaz de 8 anos com uma vida muito preenchida. Todos os dias consome e descarta muitas coisas, até que recebe um brinquedo convite inesperado. Nesse momento, inicia uma viagem por um mundo invisível aos seus olhos, marcado pela crise climática. Num mundo desacertado, é preciso olhar para o passado e fazer com que tudo bata certo no futuro. O tempo está sempre a contar. O Estado do Mundo (Quando Acordas) é o primeiro espectáculo de um díptico que se destina a pensar o estado do mundo – natural, político, geográfico, social, histórico, económico e humano.


Encenação Miguel Fragata Texto Inês Barahona e Miguel Fragata Interpretação Edi Gaspar Cenografia Eric da Costa Figurinos José António Tenente Música original Fernando Mota Desenho de luz José Álvaro Correia Vídeo João Gambino Adereços Eric da Costa, José Pedro Sousa, Mariana Fonseca e Rita Vieira (design gráfico) Maker Guilherme Martins Construção de cenografia Gate7 Direcção técnica Renato Marinho Consultoria Henrique Frazão Produção executiva Ana Lobato e Luna Rebelo Produção Formiga Atómica Co-produção LU.CA – Teatro Luís de Camões, Comédias do Minho, Materiais Diversos e Théâtre de la Ville

01 de Julho

21h30 - Jardins da Quinta da Caverneira

Mentira a quanto obrigas

Teatro de Montemuro (Castro Daire)

M/12 I 60m


Francisco gostava de caçar, de andar pela serra, entre as fragas e o mato. Chegava mesmo a falar com os passarinhos. António era um sonhador, um poeta. Gostava de pescar e chegava a falar com os peixes. Tinham duas coisas em comum: eram irmãos e eram pastores. Tinham tudo para ser felizes: o ar puro, a natureza, a frugalidade, as vacas e o amor das ninfas das fontes. Tudo, não, quase tudo, porque muitas vezes faltava-lhes a rede no telemóvel. Um dia, o pai disse-lhes: esta casa e tudo isto que a vossa vista alcança é terra nossa e será vossa um dia. Era mentira, claro. O pai já estava muito velhinho, mas eles acreditaram, porque toda a gente acredita naquilo que gosta de acreditar. E desta mentira original mais e maiores mentiras nasceram.


Texto José Carretas Encenação Paulo Duarte Cenografia e figurinos Ana Limpinho Direção Musical Ana Bento Interpretação Abel Duarte, Carlos Adolfo, Eduardo Correia, Maria Teresa Barbosa e Sandra Barreto Desenho de Luz Paulo Duarte Direção de Cena Abel Duarte Costureiras Capuchinhas Crl e Maria do Carmo Félix Construção de cenários Carlos Cal Assistência à construção de cenários e figurinos Conceição Almeida Produtora Marta De Baptista Assessoria de Comunicação Joana Miranda Fotografia e Vídeo Lionel Balteiro

02 de Julho

17h00 - Jardins da Quinta da Caverneira

Nino & Mambru

Moving Compass Theatre (Espanha/França)

M/3 I 45m


Fortemente inspirados pelos grandes duos da historia da comédia – como Laurel and Hardy e o humor físico de Buster Keaton e Charlie Chaplin – Nino & Mambrú apresentam-nos um espectáculo inscrito nas veias do teatro físico, a acrobacia, a esgrima, o mimo e a improvisação com o público, que convergem para criar uma obra para público familiar. Também, como elemento surpreendente, a peça apresenta-nos Ada, personagem cúmplice que nos serve para dar uma volta à estrutura clássica da pessoa voluntária que sai de cena.


Direcção e Dramaturgia Moving Compass Monicreques Cenografia Moving Compass

21h30 - Auditório da Quinta da Caverneira

Plastikus 

Krisálida (Caminha)

M/3 I 45m


Ondina vive junto às ondas do mar, onde elas rebentam e enchem de espuma a praia. Durante muitos e muito anos, apenas a espuma banhava a areia da praia. E era aí que Ondina brincava com os seixos e com a espuma do mar. Mas novos objetos com sons, cores e formas extraordinárias surgiram na sua vida e Ondina gostava de brincar com eles. Pareciam uma nova espécie muito amigável e tão prestável que, devagarinho, se foram entranhando na sua vida. Quanto mais se entranhavam, mais ela precisava deles e sem dar por isso, o PLASTIKUS tornou-se absolutamente indispensável. E, assim cresceu, cresceu, cresceu na sua vida e Ondina rapidamente descobriu que ele estava por todo o lado! Por todo o lado mesmo!


Encenação Clara Ribeiro Interpretação Carla Magalhães, Joana Vilar e Nuno J. Loureiro Direção Plástica e Marionetas Teatro e Marionetas de Mandrágora Espaço cénico, Adereços e Figurinos Grácia Cordeiro Desenho de Luz Rui Gonçalves Desenho de Som Manuel Brásio Design Ricardo Ferreira Comunicação Rubina Jassat

03 de Julho

17h00 - Jardins da Quinta da Caverneira

Principezinho

O Nariz (Leiria)

M/6 I 40m


“…um aviador, perdido no deserto, encontra um rapazinho que vem de um distante asteroide, onde vive sozinho com uma única rosa. Trata-se, antes de mais, do encontro de duas solidões, correspondentes ao desdobramento da personalidade do autor: o adulto Exupéry (aquele que um ano depois, desapareceria, quando pilotava o seu avião sobre o Mediterrâneo) e o rapaz que ele foi, a criatura natural, ainda não corrompida pelo mundo, logo, mais próxima do ser e da sua essência.”  - Álvaro Magalhães

Adaptação e encenação Pedro Oliveira Formas animadas Pedro Oliveira Pintura João dos Santos Interpretação e manipulação Pedro Oliveira e Francisca Passos Vella Banda sonora Nelson Brites

19h00 - Auditório da Quinta da Caverneira

Nenos da Variola 

Pérez&Fernández (Galiza-Espanha)

M/12 I 60m

ESTREIA NACIONAL


30 de novembro de 1803: "A Expedição Real Filantrópica da Vacina" parte do porto de Corunha. Vinte e duas crianças de orfanatos de Madrid, Santiago e Corunha formam uma corrente humana "de braços dados" para entregar a vacina contra a varíola a territórios ultramarinos em um dos maiores feitos médicos realizados na história da humanidade. Pérez & Fernández em coprodução com o Centro Dramático Galego apresentam a adaptação à cena do romance "Os Nenos da Variola", de María Solar. Uma peça com altas doses de realidade histórica, ternura e humor que tem como eixo central a vida das crianças da “Casa de Expósitos da Coruña” e como elas se tornaram os heróis da Expedição Real Filantrópica de Vacinas, na qual se tornou sua heroína mais esquecida num dos pilares mais importantes da expedição, a reitora da Casa dos Expósitos, Isabel Zendal.


XXV Premios de teatro María Casares: Mellor espectáculo Infantil (2021)

III Premio Luísa Villalta á igualdade da Deputación da Coruña (2021)


Direcção Xosé Leis e Victoria Pérezoo Texto María Solarr Interpretação Manu Fernández, Victoria Pérez, Xosé Leis e Isabel Riscod Ambiente musical Xabier Romero

Informações

Contactos


222 084 014 | 917 691 753 | 910 818 719

Teatro Art'Imagem
teatroartimagem@hotmail.com

www.teatroartimagem.org
facebook.com/teatroartimagem
 

Auditório da Quinta da Caverneira
Avenida Pastor Joaquim Eduardo Machado
Águas Santas · Maia

Ficha Técnica

Direcção Artística e Programação José Leitão

Direção Técnica Pedro Carvalho

Moderação da Tertúlia/Encontros Micaela Barbosa

Direcção de Produção Sofia Leal

Produção Executiva Daniela Pêgo e Zé Pedro

Apoio à Produção Flávio Hamilton

Curadoria e Concepção de Exposição José Maia

Apoio à Exposição José Lopes

Técnico de Som e Luz André Rabaça

Técnico Maquinista José Lopes

Registo Vídeo Luís Lima Productions

Fotografia Nuno Ribeiro 

Design Gráfico Tiago Dias

SPOT Vídeo: André Rabaça

Música original do SPOT: Carlos Adolfo



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