14ª Edição do Festival Internacional de Teatro Cómico da Maia

03 a 12 de Outubro de 2008

Não foi por acaso que a frase que” a rir é que a gente se entende” foi introduzida no cartaz que anuncia a presente edição é que é já a sua 14º - do Festival Internacional de Teatro Cómico da Maia . Na verdade, poucos instrumentos de regeneração restam a este nosso conturbado mundo, e o humor, que é uma manifestação superior da inteligência humana, é um desses escassos bens. O humor critica, integra, estimula e congrega os Homens, derrubando tabus e preconceitos, sendo um verdadeiro ácido que corrói a estupidez que é a mãe de todas as desgraças da Humanidade. A estupidez proporciona o culto da ignorância, a avidez desmesurada, a ganância cega, o desrespeito pelo próximo e transforma todas as sociedades civilizadas em selvas violentas, onde só há lugar para alguns bem poucos à custa do sacrifício de muitos. O Festival Internacional de Teatro Cómico da Maia, organizado pela Câmara Municipal da Maia através do seu Pelouro da Cultura, e produzido pelo Teatro Art´Imagem, tem sido, ao longo de 14 anos, um extraordinário momento de sublimação do humor, quer do ponto de vista da sua importância lúdica quer do ponto de vista da sua importância filosófica, assente numa oferta variada e de grande qualidade. Qualidade essa que conseguiu fidelizar um público muito exigente e que fez deste Festival uma instituição incontornável no universo teatral português. Uma instituição que sobrevive e se fortalece, sem qualquer outro apoio que não o investimento da Câmara Municipal da Maia, o profissionalismo do Teatro Art´Imagem e a adesão do seu público. Uma instituição que não está dependente de lobbies, interesses corporativos, grupos de pressão. Uma instituição que é livre. Bem vindos à 14º Edição do Festival Internacional do Teatro Cómico da Maia.


O Presidente da Câmara Municipal da Maia, António Gonçalves Bragança Fernandes

O Vereador do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal da Maia, Mário Nuno Alves de Sousa Neves


Sob o manto diáfano da fantasia...

Mais uma vez, o Festival Internacional de Teatro Cómico da Maia (FITCM), agora na sua décima quarta edição, propõe uma programação plural e de grande qualidade, como se pode verificar ao consultar o nome dos artistas, espectáculos e companhias que foram seleccionados para este ano
Treze (um número da sorte para o teatro!) são de Portugal (A Barraca; Leandro Morgado; Chapitô; Visões Úteis; Baal 17 / Al Masrah; Hugo Sousa / João Seabra / Miguel 7 Estacas; Teatrão; Marionetas, Actores & Objectos; Commedia a la Carte; Mau Artista; Delphim Miranda e o Teatro Art´Imagem) e nove estrangeiras, duas de Espanha (Ados Teatroa, do País Basco e Pablo Trasno, da Galiza) uma co-produção Itália / Chile (Tara-n-Tela), uma de Inglaterra (Nola Rae), duas da Bélgica (Joseph Collard e Elliot), uma da Alemanha (Pas par Tout), uma da Austrália (Joel Salom) e um grupo musical de Cabo Verde(Bilan) Note-se que a maior parte dos artistas e companhias convidadas para este ano, apresentam-se pela primeira vez na Maia e, as estrangeiras, em Portugal. Os vinte e quatro espectáculos (treze portugueses e onze estrangeiros) e as nove animações de rua propostos, abarcam multifacetadas visões e formas como o humor é hoje representado no teatro e artes performativas, em Portugal e no mundo. Assim, os muitos espectadores do FITCM, poderão assistir com prazer e curiosidade a uma miscelânea de géneros e disciplinas teatrais que constituirão um verdadeiro panorama do teatro cómico contemporâneo, onde a inteligência e o divertimento se entrelaçam harmoniosamente num humor libertador. Teremos então em palco, a comédia mais ou menos clássica, partindo dum texto, aliada ás novas tendências (“Dr. kula” do Chapitô; “El Jefe de todo esto” dos bascos Ados Teatroa; “Ptolomeu e a sua viagem de circum-navegação” do Teatro Art´Imagem; “Quem te improvisa teu amigo é, da Commédia a la Carte e “Gil e Vicente “ Uma viagem de barca ao Inferno” do Mau Artista e, “Vêm Aí os Cómicos”, pelo Pim Teatro). O café-teatro e o cabaret (“Caravan Cabaret” uma co-produção Baal 17 / Al-Masrah e Cabaré da Santa pelo Teatrão). Os grandes monólogos (“O Pranto de Maria Parda”, da Barraca com Maria do Céu Guerra; “Adúlteros Desorientados” das Visões Úteis e “A Fraude” de Leandro Morgado). Espectáculos a solo protagonizados pelos mestres de mimo e pantomima (“Êxit Napoleon “ Pursued by Rabbits”da grande Nola Rae; e “Zic-Zag” do belga Joseph Collard). Os cultores da nova “comedy”, onde se mistura o teatro, o circo, a música, o gesto, o visual e as novas tecnologias (“The Best of Elliot” do endiabrado belga Elliot; e “Gadgets” do surpreendente australiano Joel Salom que convida dois músicos e um cão-robot para a sua performance). Da “stand up” (“Stand da Comédia” do bem conhecido trio Hugo Sousa, João Seabra e Miguel 7 Estacas). Do novo circo (“Que Siga la Fiesta” e “Celebrando com Pippo” da dupla italo-chilena Tara-n-Tela). Das marionetas e fantoches (“Dança Comigo” do grupo Marionetas, Actores & Objectos e “Queres que te conte outra vez” do marionetista Delphim Miranda). Do novo musical / teatro (“Cock-Tales” e “Brother and sister Klops”, dos músicos e actores cómico alemães do Pas par Tout) e do teatro de rua (as animações diárias do Art´Imagem) e música cabo-verdiana (Bilan). Sinais do tempo e de uma outra forma de ver e fazer teatro são-nos também dados pela origem dos textos e enredos que são levados à cena, alguns deles ainda oriundos dos grandes autores ou novos escritores e dramaturgos (dois famosos textos do nosso Gil Vicente, outro do cineasta Lars Von Trier, do autor espanhol contemporâneo Juan José Milés, do clássico da literatura Bram Stocker, do autor e pintor cabo-verdiano Tchalé Figueira e da dupla de dois novos dramaturgos, o português Jorge Louraço Figueira e do brasileiro Reinaldo Maia), mas a maior parte escritos (mesmo quando não há texto) pelos próprios actores e intervenientes do espectáculo que querem dar testemunho do mundo em que vivem, aproximando-se artisticamente do real, para melhor o criticar e compreender. Vamos então, senhoras e senhores, meninos e meninas, começar! A vez ao teatro, o jogo dos homens, que “sob o manto diáfano da fantasia” celebra a vida!

José Leitão (Teatro Art´ Imagem)
Director Artístico do FITCM

Programação

03 de Outubro

21h30 - Anfiteatro Exterior do Fórum da Maia

Que Siga La Fiesta            

Tara-n-Tela (Itália/Chile)

60 Minutos I M/4

O espectáculo "Que siga la Fiesta" é uma paródia sobre duas personagens muito peculiares: Tara, mulher de cidade, elegante, rica, uma autêntica diva... e Tela, mulher do campo, que prepara uma festa por ocasião do reencontro com a sua querida amiga.
As personalidades distintas criam conflitos que se convertem numa atmosfera divertida... As múltiplas habilidades circenses como malabares, acrobacias e equilíbrio, fundem-se com a música ao vivo, o teatro físico e a participação do público, num espectáculo para todos... Não perca a festa!!! “Tara -n- Tela “ uma jovem companhia formada por uma italiana e uma chilena, que se encontram em Espanha, depois de ambas terem percorrido um longo caminho na formação e passado por outras companhias. O espectáculo agora apresentado no FITCM recebeu dois prémios em 2007, um em Espanha (“Melhor interpretação feminina”) e outro na Suécia (“Prémio Coup de Couer”).
 

Criação e Interpretação: Dulcinea Guerra e Anna Egle

22h30 - Grande Auditório do Fórum da Maia

O Pranto de Maria Parda

A Barraca / Maria Do Céu Guerra (Portugal)

50 Minutos I M/6

Padecia neste tempo o reino de Portugal calamitoso aperto de fome. Porque, quanto mais corria o ano de 22, em que vamos, tanto maior era o trabalho.
Crescia a falta, gastando e comendo o povo esse pouco pão que havia.
Castela não podia ajudar, porque a esterilidade no ano de 21 fora igual nela.
De França não vinha nada, respeito das guerras que trazia o imperador.
Os pobres do reino acudiam todos a Lisboa arrastando consigo as suas tristes famílias, persuadidas da força da necessidade que poderiam achar remédio onde estavam o rei e os grandes. Mas aconteciam casos lastimosos. Muitos caíam e ficavam mortos e sem sepultura pelos caminhos, de fracos e desalentados.
Os que chegavam a Lisboa pareciam desenterrados, pálidos nos sembrantes, débiles e sem força nos membros. Dinheiro não aceitavam de esmola, porque não achavam que comprar com ele. Só pão queriam; e este não havia quem o desse, porque algum que ás escondidas se vendia, era a quatrocentos e cinquenta réis o alqueire; o centeo a duzentos réis; o milho a cento e cincoenta, que para aquele tempo era como um prodígio.
 
Texto: Gil Vicente Encenação e Interpretação: Maria do Céu Guerra Adereços: Vítor Sá Machado Luz: Manuel Mendonça

04 de Outubro

16h00 - Café Teatro do Fórum da Maia

Celebrando con Pippo

Tara-n-Tela (Itália/Chile)

60 Minutos I M/4

Uma comédia espectáculo para todo o público que mistura teatro gestual, circo, malabares, acrobacias e música ao vivo. Tudo servido em grande cumplicidade com o público e com a participação deste.


Criação e Interpretação: Dulcinea Guerra e Anna Egle

21h00 - Exterior do Fórum da Maia

D. Quixote e Sancho Pança (Animação Teatral de Rua)

Teatro Art'Imagem (Portugal)

30 Minutos

D. Quixote, ajudado pelo seu fiel escudeiro Sancho Pança, deambula pelo Fórum da Maia recitando poesia e procurando a sua amada Dulcineira.

21h30 - Grande Auditório do Fórum da Maia

Zic-Zag

Joseph Collard (Bélgica)

70 Minutos I M/6

Esta é uma personagem saída dos desenhos animados, com mímicas desmesuradas e atitudes arlequinescas. Joseph Collard conta-nos com humor como se tornou Mimo: dos princípios à consagração, a família, os professores, o primeiro espectáculo, o primeiro número... Zig-Zag é um espectáculo de humor visual numa linguagem universal, um monte de posturas e expressões. Um encadear de emoções divertidas, apresentadas por um actor cheio de energia com apenas um toque de loucura.
O público é parceiro no crime e lá partem, de mãos dadas, a zigzaguear! Porque com um mimo pode-se fazer tudo, imaginar tudo, criar tudo!
 
Criação e Interpretação: Joseph Collard Produção e Distribuição: Yllana

23h30 - Café-Teatro do Fórum da Maia

A Fraude

Leandro Morgado (Portugal)

60 Minutos I M/12

Há verdades e há verdades. Saber que verdades são mais verdadeiras pode ser um verdadeiro problema. A fraude é um espectáculo interactivo que aborda de forma humorística determinadas crenças fantásticas e extraordinárias que, por várias razões, continuam a fazer parte de um suposto “consciente colectivo”. Para além da abordagem céptica a diferentes típicos sobrenaturais e mitos urbanos, são criadas situações das quais advém resultados surpreendentes.
Leandro Morgado reúne neste espectáculo temas como a astrologia, numerologia, falar com os mortos, superstição, fobias sociais, auto-ajuda, mensagens subliminares, raptos por extraterrestres, profecias para o fim do mundo e outros assuntos que até podiam ser verdade mas, provavelmente, não são.
A fraude é um espectáculo diferente. Um espectáculo sobre o paranormal. Um espectáculo anormal.
 
Autoria e Interpretação: Leandro Morgado Som e Luz: Rui Fernandes

05 de Outubro

16h00 - Café-Teatro do Fórum da Maia

Cock-tales

Pas Par Tout (Alemanha)

60 Minutos I M/4

(Em parceria com o Festival “O Gesto Orelhudo”, de Águeda, uma iniciativa d´Orfeu)

Uma magnífica capoeira, à solta, cheia de penas e de música em que os actores/animais se passeiam entre o público enquanto tocam os seus instrumentos. O emproado e birrento galo, a pacífica mãe galinha e o irrequieto franganote - este conjunto de penas prende o público num natural bom humor. Pela primeira vez esta companhia alemã visita a Maia para fazer rir o público do FITCM num espectáculo de música e teatro, em que umas quantas figuras curiosas se exprimem através dos seus instrumentos e através da música.


Saxofone: Martin Glasmacher Clarinete: Eva Maria Glasmacher Tuba: Raimund Enkler Música: Séren Leyers Figurinos: Angelika Grampp

21h00 - Exterior do Fórum da Maia

Capuchinho Vermelho (animação teatral de rua)

Teatro Art'Imagem (Portugal)

30 Minutos

Uma divertida história, adaptada a partir de um conto transgeracional, dos Irmãos Grimm. O Capuchinho Vermelho é assim apresentado por quatro actores numa criação muito livre, que valoriza sobretudo a plástica e a interacção com o público...

21h30 - Grande Auditório do Fórum da Maia

Best Off

Elliot (Bélgica)

70 Minutos I M/6

Uma mistura delirante, onde encontramos os melhores sketches de Elliot: O incrível Dr Jones, A demonstração do Karaoke, A classe de patinagem, O Vídeo Jogo e Strip-Tease, sem esquecer o clássico Spray e a guitarra Vai poder desfrutar da energia de comunicação e generosidade deste diabo belga, que passou os últimos 15 anos em digressão por todo o mundo. Este tipo é uma bomba, uma besta de palco, um louco totalmente incontrolável. Não recomendável a “intelectuais” e “meninas” demasiado sensíveis. Elliot começou a sua carreira de clown como animador social de crianças problemáticas e, mais tarde, decide pôr o seu génio terapêutico ao serviço da humanidade. Este autêntico anti-depressivo já passou pelos mais importantes festivais do mundo e apareceu muitas vezes na televisão. Nesta segunda vez que vem à Maia, onde cativou público e critica que o apelidou de um novo Jerry Lewis apresenta o melhor dos seus melhores espectáculos. Para fazer rir até o mais sisudo. Uma referência da “comedy” mundial. Imperdível.

Criação e Interpretação: Elliot Produção e Distribuição: Yllana

23h30 - Café-Teatro do Fórum da Maia

Brother and Sister Klops

Pas Par Tout (Alemanha)

60 Minutos I M/4

(Em parceria com o Festival “O Gesto Orelhudo”, de Águeda, uma iniciativa d´Orfeu)

Três velhos irmãos e irmãs dançam durante uma jornada musical completamente louca. Cheios de energia eles esforçam-se por tornar reais os sonhos de juventude. No processo, o contacto com o público pode tornar-se um pouco familiar. Com o seu concerto fora de tempo, Doris, Carlo e Erwin Klops arrastam os presentes para um infindável redemoinho musical.


Saxofone: Martin Glasmacher Clarinete: Eva Maria Glasmacher Acordeão: Raimund Enkler Música: Séren Leyers Figurinos: Angelika Grampp

06 de Outubro

21h00 - Exterior do Fórum da Maia

As executivas (animação teatral de rua)

Teatro Art'Imagem (Portugal)

30 Minutos

Três mulheres optam por carreiras de sucesso, mas... sempre sonharam serem bailarinas! Vivem divididas entre os negócios e a música que ecoa nas suas cabeças, levando os seus corpos a movimentos e a impulsos... incontroláveis! A dança vive dentro delas.

21h30 - Grande Auditório do Fórum da Maia

El Jefe de Todo Esto

Ados Teatroa (País Basco, Espanha)

80 Minutos I M/16

EL JEFE DE TODO ESTO é uma comédia teatral, construída a partir de um filme realizado por Lars Van Trier. O dono de uma empresa de informática quer vendê-la. O único problema é que quando fundou a empresa inventou-se um chefe virtual "O chefe de tudo isto", atrás de quem se escondia quando tinha de tomar decisões incómodas ou impopulares. Quando os compradores insistem em falar directamente com o presidente, o verdadeiro dono vê-se obrigado a contratar os serviços de um actor para fazer o papel do dito. Desta maneira, até evita o amargo de ter que despedir os "Seis anciãos", o mesmo que dizer os seis empregados com quem iniciou a aventura empresarial. Os empregados conhecerão, pela primeira vez, o "chefe de tudo isto" com quem, ao longo de anos, se comunicaram por e-mail. A cada um dissera coisas diferentes. Assim, o pobre actor terá que improvisar enquanto se inteira da relação que tem com cada um dos trabalhadores da pequena empresa. À medida que o tempo passa, o actor, que quer fazer de cada momento uma grande interpretação, verá que ele mesmo está envolvido na pantomina.
 
Do Filme de: Lars Von Trier Versão e Direcção: Garbi Losada Interpretação: Oscar Terol, Koldo Losada, Elena Irureta, Mila Espiga, Josean Bengoetxea, Carlos Nguema, Santiago Sueiras Desenho de Luz: Xabier Lozano Música Original: Joxan Goikoetxea

23h30 - Café-Teatro do Fórum da Maia

Trasno

Pablo Trasno (Galiza, Espanha)

60 Minutos I M/12

Podes sonhar com a magia, o riso, a emoção e a ternura, que transmite um espectáculo recheado de diferentes técnicas circenses criadas por Pablo Trasno. Ele é capaz de fazer sorrir com as suas façanhas cómicas aparentemente improvisadas, de fazer vibrar com malabarismos de técnica apurada, de fazer voar com números acrobáticos criados com o esforço de um treino físico constante, e de emocionar com o humilde agradecimento ao público.
 

Criação e interpretação: Pablo Trasn

07 de Outubro

21h00 - Exterior do Fórum da Maia

Madame Gaby (animação teatral de rua)

Teatro Art'Imagem (Portugal)

30 Minutos

Duas cabeleireiras loucas e fofoqueiras, aparecem no Fórum da Maia, para mostrar as mais actuais criações estilísticas: é a oportunidade para os mais descabelados ficarem bem atados e os cabelos mais teimosos ficarem bem jeitosos! O look irreverente não vai deixar ninguém indiferente!

21h30 - Grande Auditório do Fórum da Maia

Drákula

Companhia do Chapitô (PT)

90 Minutos I M/12

Dr. Jonathan Harker, um célebre dentista inglês, é chamado de urgência a Transilvânia; ao chegar ao castelo do seu cliente depara-se com um vasto espólio de doenças e estranhos hábitos de dieta e higiene oral: queda de dentes, gengivite, mau hálito e uma acentuada ausência de vitamina D.
No regresso a Londres sucedem-se incidentes ainda mais perturbantes: o conde não consegue abandonar os seus hábitos perversos nem a sua particular preferência por certos grupos de sangue. Nada parece detê-lo. Sem alternativa, Dr. Harker pede auxílio ao seu colega e amigo Prof. Van Helsing é o grande Vampirologista. Entre A positivo e RH negativo, o romance, o suspense e o drama nas ruas sombrias de Londres. O renascimento do afamado Conde Drácula, para recuperar uma dentição que não resistiu á passagem dos séculos. O mito no seu sentido mais vampiresco...


Encenação: John Mowat Interpretação: Jorge Cruz, José Carlos Garcia e Tiago Viegas Assistente de Encenação: Liliana Lopes e Rui Rebelo Sonoplastia: Rui Rebelo Desenho de Luz: Paulo Cunha e Jochen Pasternacki

23h30 - Café-Teatro do Fórum da Maia

Adúlteros Desorientados

Visões Úteis (Portugal)

45 Minutos I M/16

Um adúltero tenta encontrar justificação para a sua vida dúplice no relato de inúmeros adultérios reais, possíveis e imaginários. Com um humor desconcertante, viaja pelo estado de confusão em que estão submersos os adúlteros, permanentemente obrigados a uma vigilância constante para que a sua opção de vida não se torne transparente aos olhos dos outros. Sempre encarando o adultério como algo a que não se pode escapar... enfim, uma vocação ou até uma metáfora da própria vida.


Texto: Juan José Millós Dramaturgia e Direcção: Ana Vitorino, Carlos Costa e Catarina Martins Banda Sonora Original: João Martins Desenho de Luz: José Carlos Coelho Interpretação: Pedro Carreira

08 de Outubro

21h00 - Exterior do Fórum da Maia

As Árvores (animação teatral de rua)

Teatro Art'Imagem (Portugal)

30 Minutos

Imagine que está a passear ou a comprar o seu bilhete e é surpreendido por árvores que se movem e respiram. Imagine ainda, que essas árvores, além de declamar poesia e produzir melodias silenciosas ainda lhe oferecem frutos!

21h30 - Grande Auditório do Fórum da Maia

Gadgets

Joel Salom (Austrália)

60 Minutos I M/6

(Em parceria com o Festival “O Gesto Orelhudo”, de Águeda, uma iniciativa d´Orfeu)

O extraordinário artista australiano Joel Salom, combinando circo e teatro-físico, junta-se ao fantástico duo de multi-músicos extra-dotados, para apresentar uma extravagante comédia. Joel junta á sua arte teatral, musical e circense a mais alta tecnologia, para nos proporcionar momentos hilariantes de alta comédia, de "partir o côco a rir". Gadgets vem a Portugal para um fantástico espectáculo que inclui o seu genial e surpreendente "Instrumento musical activado por malabarismo com interface digital", sistema de som/lazer e o divertidíssimo e surpreendente Erik, o cão robot.
 
Criação: Joel Salom Interpretação: Joel Salom, (Malabarista e Comediante) Marko Simec, Jim Dunlop (Musicómicos) e Erik The Dog

23h30 - Café-Teatro do Fórum da Maia

Vêm aí os Cómicos

Pim Teatro (Portugal)

60 Minutos I M/12

Uma companhia de Cómicos Ambulantes conta a história do teatro. Uma Comédia divertida e didáctica onde, a rir, se aprende.
Estes saltimbancos viajam através dos tempos representando os principais momentos da história do teatro na Europa. De onde surge o teatro? Como se afirma? Que formas vai tomando?
Amado e perseguido. Popular e erudito.
Da pré-história ao século vinte em 50 minutos. Uma corrida vertiginosa pelo tempo onde 3 actores se desdobram em dezenas de personagens.

 
 
Autor: Pim-Teatro Encenação: Osvaldo Maggi Dramaturgia: Alexandra Espiridiço e Paulo Vargues Cenografia e Figurinos: Inês De Carvalho Interpretação: Alexandra Espiridiço, Diogo Duro e João Sérgio Palma

09 de Outubro

21h00 - Exterior do Fórum da Maia

Homo Habális (animação teatral de rua)

Teatro Art'Imagem (Portugal)

30 Minutos

Dois primitivos, vindos não se sabe exactamente de onde, vêm ao FITCM espreitar os espectáculos, atraídos pelas fortes odores dos espectadores.

21h30 - Grande Auditório do Fórum da Maia

Caravan Cabaret

Baal 17 / Al-Masrah Teatro (Portugal)

75 Minutos I M/12

Senhoras e senhores, meninos e meninas, chefes de família, funcionários, secretárias, intelectuais, desempregados, vereadores da cultura, directores gerais, moradores de um mundo no qual sonhar é uma urgência bem vindos ao “Caravan Cabaret” ! Um pedaço ambulante de história; uma caixa de surpresas; um refúgio para proscritos; a estação terminal dos artistas que nenhum espectáculo quer.
Bailarinas expulsas dos melhores music-halls de Paris; cómicos espancados nos night clubs de Nova Iorque; mágicos fugidos dos Circos Mundiais; aberrantes belezas esquecidas numa bomba de gasolina por um Freak Show no Minnesota; um cantor que nunca actuará no Coliseu dos Recreios.
Para esta família de outsiders interestelares o cabaret é uma forma de viver, de ver, de sentir. Um boulevard de sonhos desfeitos.
O Caravan Cabaret é um castigo divino; artistas condenados a vaguear eternamente numa estrada perdida, num revivalismo de glórias passadas; pequenas doses de arte concentrada, a ponto de serem deitadas para o vazio do esquecimento.
Um espectáculo de vanguardismo fulgurante e prestígio garantido. Depois do grandioso “Com Muito Amor e Carinho”: “Caravan Cabaret”!
Temos quase tudo, mas No hay banda!
 
Criação Colectiva Encenação e Dramaturgia: Marta Pazos Assistência de Encenação: Hugo Torres, Susana Nunes E Telma Saiío Cenografia e Figurinos: Sara Machado da Graça Desenho de Luz: Marco Ferreira e Paulo Troncão Interpretação: Aline Catarino, Marco Ferreira, Patrícia Vito, Pedro Ramos, Rui Ramos, Sandra Serra, Susana Nunes, Susana Romão E Vânia Silva

23h30 - Café-Teatro do Fórum da Maia

Stand da Comédia

Hugo Sousa, João Seabra E Miguel 7 Estacas (Portugal)

79 Minutos I M/16

"No mundo onde vivemos existe de tudo: existe a alegria mas depois existe a tristeza, existe a felicidade e existe a infelicidade, existem coisas lindas e existem as camisas do Manuel Luís Goucha..."
Este espectáculo mistura várias formas de humor como stand-up comedy, sketches humorísticos, personagens e interacção com o público... Resumindo, é uma grande salgalhada.
O que vale é que os seus intervenientes são 3 belos machos com um porte físico e intelecto fora do comum. Apareça no nosso... isto é, no espectáculo do Stand da Comédia que não se vai arrepender.
 
Textos, encenação, coreografia, fotografia, cabeleireiro, guarda-roupa, guarda-fatos, guarda-vestidos, guardanapos e guarda-filmes que foram sacados da net ilegalmente para serem vendidos na feira da senhora da hora por 1 euro, por: Hugo Sousa, João Seabra E Miguel 7 Estacas


10 de Outubro

21h00 - Exterior do Fórum da Maia

Os Comediantes (animação teatral de rua)

Teatro Art'Imagem (Portugal)

20 Minutos

Esta é uma animação de homenagem teatral aos actores ambulantes, ao teatro de rua, aos saltimbancos. Teatro na sua vertente mais festiva, de puro divertimento, criado para chegar a todos.

21h30 - Grande Auditório do Fórum da Maia

Exit Napoleon - Pursued By Rabbits

Nola Rae (Inglaterra)

60 Minutos I M/6

Um cozinheiro, desertor do exército, arrasta-se pela lama instável. Sozinho e abandonado, não faz a mínima ideia para onde vai. Apenas caminha. Uma tenda de campanha aparece-lhe pela frente, passa por ela sem parar. Devia continuar, mas algo o chama de volta. Há qualquer coisa de estranho com esta tenda... uma cama, um guarda-fatos, o símbolo da abelha imperial, um estranho chapéu... Ao instalar-se, ele sente que não mais está perdido. Então, dá por si a ensaiar um novo e perigoso papel... Apenas precisa de um carisma assassino, uma vontade de ferro e de um ralador de queijo. Temperado com referências oblíquas a pequenos déspotas, o último drama cómico, sem palavras, de Nola Rae, vê o mimo seguir o rasto desgastado do poder absoluto e do absoluto desastre.
 
Direcção: John Mowat Cenografia: Matthew Ridout Música: Peter West Figurinos: Alannah Small Interpretação: Nola Rae

23h30 - Café-Teatro do Fórum da Maia

Cabaré da Santa

O Teatrão (Portugal)

130 Minutos I M/16

Uma companhia teatral portuguesa resolve fazer um Cabaré exótico sobre o Brasil para deste modo conseguir subsídios para a sua sobrevivência. Usam como mote a comemoração dos 200 anos da ida da Corte Portuguesa para o Rio de Janeiro, em 1808. Misturam factos verdadeiros com a fantasia que lhes é necessária para atrair a atenção de investidores. Assim, o padre Francisco da Costa, Prior de Trancoso, viaja para o Brasil com a função de povoar aquele país tão grande, com súbditos fiéis é Coroa. Chegando lá, encontra o seu suposto meio-irmão, Bento Teixeira, frequentador assíduo de um Cabaré, que partira há anos com o sonho de encontrar naquelas terras o caminho para o Eldorado. Trancoso (como no Inspector Geral, de Gogol) faz-se passar por El-rei D. João VI e parte com todos numa expedição, que da cave do Cabaré os levaria ao tão sonhado Eldorado. Não encontrando o Eldorado acaba por, miraculosamente, retornar à referida cave e instala, ali mesmo, o seu próprio Eldorado é um Casino. Isabel Mariquinhas, a falida dona do Cabaré, que se perdeu na malfadada expedição, retorna ao Cabaré e revela que, na verdade, o Eldorado sempre esteve ali é que o Eldorado está sempre dentro de nós.
Por uma aparição ex-machina da própria Santa Cecília (madroeira da Música) são todos intimados a retornar a Portugal e, agora sim, repovoarem este país com brasileiros para que seja possível a miscigenação verdadeira entre os dois países.
Retornam e, como na fábula inventada, também descobrem que Brasil e Portugal já estão misturados desde o seu encontrão Histórico.


Texto: Reinaldo Maia e Jorge Louraço Figueira Encenação: Dagoberto Feliz Assistência de Encenação: Filipe Da Costa Música: Dagoberto Feliz e Filipe Da Costa Cenário e Figurinos: Cátia Barros e Patrícia Mota Desenho de Luz: Francisco Beja Aderecista: José Baltazar Interpretação: Armando Pinho, Filipe De Góis, Helena Freitas, Inês Mourão, Isabel Craveiro, João Castro Gomes, Margarida Sousa, Mariana Nunes, Miguel Ramos, Nuno Carvalho, Rosa Marques, Sara Pereira Piano: Luís Figueiredo

11 de Outubro

16h00 - Café-Teatro do Fórum da Maia

Dança Comigo

Marionetas, Actores & Objectos (Portugal)

55 Minutos I M/4

O projecto "Dança Comigo" (2004) é um espectáculo sem texto, onde as artes cénicas, como a pantomina, dança, ilusionismo e as marionetas partilham o mesmo espaço de tempo no palco e no qual o suporte dramatúrgico é baseado na música e no ritmo, que provam que estamos no caminho certo a seguir na procura de novas formas dramatúrgicas no teatro de marionetas e objectos. "Dança Comigo", um espectáculo experimental mas muito bem disposto foi recebido pelos públicos de países tão distantes como o da Turquia, da Rússia, do Chipre e da Espanha com muito entusiasmo e também obteve críticas muito positivas da parte de críticos de arte nos festivais em que participamos. Já conta com 143 espectáculos realizados, para um público total de 19 269 espectadores. Baseado na dramaturgia de Sabahat Passos e encenado por Alexande Vorontsov, "Dança Comigo" continua a maravilhar milhares de espectadores por ano.
 
Baseado na Dramaturgia de: Sabahat Passos Encenação: Alexande Vorontsov Interpretação: Alexande Vorontsov e Sabahat Passos

21h00 - Exterior do Fórum da Maia

A Nau Catrineta (animação teatral de rua)

Teatro Art'Imagem (Portugal)

30 Minutos

Uma fantástica Nau quinhentista vai serpentear pelas arcadas do Fórum da Maia. Navio fantasma surgido das ondas empurrado pelo vento e batido por terríveis tempestades, que agora vem contar os feitos marinheiros dos nossos antepassados.
“Ouvide, agora senhores, uma história de pasmar...”


21h30 - Grande Auditório do Fórum da Maia

Quem te Improvisa teu amigo é

Commedia a la Carte (Portugal)

90 Minutos I M/12

Os Commedia a La Carte são reconhecidos pelo seu trabalho ao nível da comédia de improvisação. Trabalhando no “aqui e agora”, estes três actores actuam sob os caprichos do público que sugere personagens e situações, imprimindo o ritmo do próprio espectáculo. Um convite é imaginação e é criatividade, sem cenários nem adereços, reforçado pelos sons de um pianista e/ou um DJ, que cruza os seus sons com as cenas representadas em palco e nos transporta para ambientes diversos.
De entre muitos destacam-se 4 jogos que contam com a participação de alguns elementos do público: Papéis, ABC, Olimpíadas do Dia a Dia e Entrevista. O improviso é uma acção propositada, embora não planeada, confundida com o “desenrasca”. É uma característica indígena, que nasce com todos os portugueses mas que até agora tem sido usado para nos definir negativamente. Os Commedia a La Carte contam 7 anos e são formados por três nomes conhecidos da comédia em Portugal, que são vistos frequentemente em programas televisivos de humor. Para “gargalhar” e voltar a “gargalhar”.


Criação e Interpretação: César Mourão, Carlos M Cunha, Ricardo Peres e Dj. Sérgio Mourato

23h30 - Grande Auditório do Fórum da Maia

Gil e Vicente - Uma Viagem de Barca ao Inferno

Mau Artista (Portugal)

50 Minutos I M/12

Dois clowns em tropelias pela viagem que Gil Vicente propõe de Barca até ao Inferno. Um espectáculo enérgico onde o trabalho físico dos actores é determinante para o desdobramento dos personagens que nascem e morrem constantemente no actor.
Uma abordagem cómica, que foca igualmente o lado trágico que a morte tem para cada um de nós. O texto não sofre alterações, mas todos os jogos cénicos permitem uma leitura alternativa da obra. Num breve instante revemos o caminho que construímos e percebemos o destino que nos reserva a eternidade.


Texto: Gil Vicente Encenação: Paulo Calatré Interpretação: Nuno Preto e Pedro Damião Figurinos e Cenografia: Ricardo Preto e Teresa Alpendurada Desenho de Luz: Francisco Tavares Tele

12 de Outubro

16h00 - Café-Teatro do Fórum da Maia

Queres que te Conte Outra Vez?

Delphim Miranda (Portugal)

40 Minutos I M/4

"Um destes dias encontrei, ao fundo das escadas, uma história toda encolhida a um canto...", é como começa um dos quatro pequenos contos originais, que trago comigo na bagagem, para partilhar convosco. Contos que, na simplicidade, trazem subjacentes alguns ensinamentos. Depois há as Marionetas e os Adereços, auxiliares preciosos do meu acto de comunicar, de partilhar convosco as minhas alegrias. E o Palhaço Piruetas faz das suas, o Dragão Verde já não mete medo a ninguém e, o Pirata é o da Perna de Pau, do Olho de Vidro, da Cara de Mau...Os Dados?, esses estão viciados!... Ah!... e até já tenho um gato de seu nome "Gatafunho"...
 
Criação e Interpretação: Delphim Miranda

21h00 - Exterior do Fórum da Maia

A Menina, O Balão e O Vilão (animação teatral de rua)

Teatro Art'Imagem (Portugal)

30 Minutos

Era uma vez uma menina que gostava muito de balões... e era uma vez um vilão que não gostava mesmo nada de meninas com balões...

21h30 - Grande Auditório do Fórum da Maia

Ptolomeu e a sua viagem de circum-navegação

Teatro Art'Imagem (Portugal)

70 Minutos I M/16

Ptolomeu Rodrigues é um marinheiro cabo-verdiano que celebra a epopeia secular do seu povo, evadindo-se da sua ilha, ainda muito novo. Navega por todos os mares do mundo e convive com galdérias e prostitutas, malandros, candongueiros e chulos, marinheiros e outras gentes do mar. Define-se como "um preto bem vestido" e está sempre pronto a "mostrar o seu orgulho de macho, bem apetrechado" Acompanhamo-lo então por Roterdão onde convive com os seus compatriotas emigrados, viaja de barco entre a Holanda e a Irlanda, onde encontra duas militantes revolucionarias da ETA e do IRA, estamos num bordel do Ferrol, na Espanha de Franco "um fascista que nem ao menino jesus interessa", atravessamos as ruas geladas de Vladivostoque, na Sibéria, então a Guantánamo soviética, onde o nosso herói é preso e torturado depois de ter feito amor, ao mesmo tempo, com três "meninas" russas, acontecendo-lho "uma erecção jamais vista". Enviado sob escolta para Berlim Oriental, aí é salvo pelos obreiros da independência da sua terra, antes "colónia dos fascistas tugas". Vai ainda dançar o tango a Buenos Aires numa Argentina sob o poder dos generais e finalmente chega à Baía de Todos os Santos, em São Salvador, onde se apaixona...
Interpretada em tom de comédia, esta é uma peça de teatro em que os actores, num ecléctico e multifacetado jogo de personagens e utilizando um linguagem crua e descomplexada, nos vão contando, às vezes com uma boa dose de cinismo, histórias deste aventureiro dos sete mares que, aparentemente, só nos fala e de uma forma despudorada, das suas picarescas proezas sexuais.
Porém, as aparências (e o Teatro) iludem, porque a peça é, afinal, uma bela história de vida que nos fala de um grande amor perdido e de uma nova amizade conquistada. Ptolomeu aprendeu muito por esse mundo fora e dê-nos a conhecer episódios e acontecimentos políticos e sociais de que é testemunha.
É por isso que o Teatro é um lugar de futuro, nele se encontra, também, a memória dos homens.


Texto: Tchalé Figueira Dramaturgia e Encenação: José Leitão Interpretação: Flávio Hamilton e Valdemar Santos Direcção Movimento e Sonoplastia: Tilike Coelho Direcção Plástica e Cartaz: Fátima Maio Espaço Cénico: José Leitão, Fátima Maio e José Lopes Desenho de Luz: Leunam Ordep

23h30 - Grande Auditório do Fórum da Maia

Músicas do Mundo

Músicas do Mundo (Portugal)

60 Minutos I M/12

Bilan (Elton Lima) é um jovem músico e compositor cabo-verdiano que tem vindo a traçar o seu percurso musical desde o ano de 2000, ano em que chegou a Portugal. Passou por diversos estilos e influências como o blues, a bossa-nova, até o rock, que foi a sua primeira linguagem musical nos tempos de adolescente, ainda em Cabo-Verde.
Sendo descendente de uma família de músicos respeitados que continuam a alimentar a tradição da “Música de Terra” seria inevitável a sua música não revelar esta influência no seu trabalho.
Essa influência que, poderemos dizer, está no sangue, embora intrinsecamente ligada ao seu estilo, encontra-se mais ao nível da poesia, da inspiração e nos textos, uma vez que Bilan traduz na música a sua mensagem, expressando-se sempre em crioulo, a sua língua de origem.
Na estética musical propriamente dita, será bastante mais influenciado por uma linguagem interior e que lhe é natural na composição da sua música, por toda a sua visão sem fronteiras, o contacto urbano e a vivência na cidade. É esta que escolhe definitivamente na altura de assumir o seu trabalho em nome próprio, da qual fazem também parte as suas influências primeiras, as do rock, o seu lado alternativo e experimentalista.
É assim que Bilan deseja dar a conhecer o seu trabalho, uma miscigenação de estilos e influências mostrando, dentro da música urbana, um lado exótico banhado pela linguagem e contornos da “sabura” e ainda uma promessa na música de Cabo-Verde, marcada pela originalidade de cariz alternativo e urbano.


Músicos: Elton Lima, Eduardo Nunes, David Estévão, Paulo Costa

Outras Actividades

Exposição - 03 a 12 de Outubro - Fórum da Maia

Em cena com...
Bebedor do movimento, Marcos Araújo, capta a tragédia num rosto, o rigor de um gesto, a pintura de um desenho de luz, a insinuação de um cenário, a curiosidade de um adereço. Atento. Ele está atento, não quer perder nada e capta a sua história, dá forma e conteúdo ao instinto que solta, sem rédeas, selvagem, verdadeiro. (Valdemar Santos, actor do Teatro Art´ Imagem).


Exposição Fotográfica de teatro por Marcos Araújo

Lançamento de Livro - 06 de Outubro - Café-Teatro do Fórum da Maia

Não Matem o Mandarim! / Que Relíquia!
Duas adaptações teatrais, reunidas no mesmo livro, dos contos de Eça de Queirós, “O Mandarim” e “A Relíquia”, da autoria de José Leitão, director do FITCM, prefaciados por António Coimbra Martins e Carlos Reis, numa edição da Câmara Municipal da Maia. Estas adaptações teatrais foram apresentadas no Festival Internacional de Teatro Cómico da Maia, pelo Teatro Art'Imagem e encenadas pelo autor.


De José Leitão I Edição Câmara Municipal da Maia

Ficha Técnica

Organização: Câmara Municipal da Maia

Produção e Direcção Artística: Teatro Art’Imagem

Director Artístico: José Leitão

Concepção e Direcção de Montagem: Pedro Carvalho

Direcção de Produção: Jorge Mendo


Equipa de Produção:

Assistente de Programação: Cláudia Silva

Assistentes de Produção: Carina Moutinho e Inácio Barroso

Produção Executiva: José Lopes e Ricardo Santos

Apoio à produção: Cristina Machado, Fátima Silva, Joana Céu, Nuno Gonçalves e Vera Azevedo

Fotografia e Vídeo: Marcos Araújo e Arquivo Fotográfico da Câmara Municipal da Maia


Equipa Técnica:

Coordenação: Wilma Moutinho

Técnicos de Luz: Bruno Santos, Luís Ribeiro, Manuel Aléo e Rui Gonçalves

Técnicos de Som: Artur Pinheiro e Carlos Adolfo

Técnico Electricista: João Branco

Técnicos Maquinistas: José Lopes e Ricardo Santos


Apoio técnico e logístico dos Funcionários e Serviços da Câmara Municipal da Maia.

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