16ª Edição do Festival Internacional de Teatro Cómico da Maia

01 a 10 de Outubro de 2010

Bem-vindos a mais uma Edição do Festival Internacional de Teatro Cómico da Maia: a décima sexta. Dezasseis anos de persistência em trazer ao público o melhor que se faz no mundo, dentro do universo do Teatro Cómico.

Dezasseis anos de persistência em manter viva uma iniciativa cultural prestigiada, num contexto económico e financeiro cada vez mais difícil. Dezasseis anos de persistência em não pactuar com o facilitismo que destrói a qualidade. Dezasseis anos de persistência na defesa da tese que só “o cultural”, conforme defendeu Allan Bloom dá sentido a tudo. 

Na verdade só a persistência que alguns chamarão teimosia é que levou a Câmara Municipal da Maia, em estreita colaboração com a Companhia de Teatro Art´Imagem, a criar condições para uma verdadeira institucionalização de um dos maiores festivais de teatro do País e é seguramente  o maior no seu género. O maior na quantidade e diversidade de espectáculos trazidos à cena e o maior na frequência do público. Persistência, porque num contexto em que a maior parte das iniciativas culturais de vulto desenvolvidas pelo Poder Local ou terminaram ou estão agonizantes, não é fácil manter a “Cultura” como uma das prioridades de actuação enquanto facto concreto e não mera retórica. Persistência porque, ao contrário de muitas actividades de índole cultural (algumas de valia mais do que discutível) que recebem apoio do Estado (directamente ou indirectamente, através de empresas e institutos públicos), o Festival Internacional de Teatro Cómico da Maia nunca recebeu qualquer apoio. Resulta, todo ele, do investimento directo da Câmara Municipal da Maia. 

O nosso Festival, além de ter o mérito de procurar oferecer sempre qualidade ao seu público, tem apoiado de forma sistemática inúmeras companhias e grupos de teatro portugueses, disponibilizando-lhes palco para o seu trabalho, além de ter permitido que muitas outras formações estrangeiras tenham, pela primeira vez actuado em Portugal, representando tudo isto um esforço, que apesar de não ser reconhecido por quem de direito, nos orgulha muito. Uma palavra final ao público do Festival Internacional de Teatro Cómico da Maia: obrigado. Obrigado pela vossa exigência e obrigado pela vossa permanência. Exigência que nos responsabiliza e permanência que nos estimula.


O Presidente da Câmara Municipal da Maia,

António Gonçalves Bragança Fernandes


O Vereador do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal da Maia,

Mário Nuno Alves de Sousa Neves


Muito Riso, Muito Siso!

Mais uma edição (e com esta já lá vão dezasseis!) do Festival Internacional de Teatro Cómico da Maia (FITCM) este ano sob o signo "Muito Riso, Muito Siso!", uma espécie de esconjuro contra a " crise" (até parece que só é este ano!), questionando o tão (mal) dito popular que nos quer convencer que quem ri não tem juízo. A verdade, verdadinha é que são os mal encarados e sisudos, os mal dispostos e os sérios que afinal nos têm dado cabo da nossa vidinha, por isso há que castigá-los com as nossas gargalhadas, com os nossos risos e sorrisos, com as nossas críticas e com o nosso desprezo. Para eles saberem que nós sabemos! De 1 a 10 de Outubro, comediantes e companhias de vários continentes e dos mais variados países vão novamente pisar os palcos do Festival. Além dos nacionais (um conjunto significativo do que há de melhor no teatro cómico em Portugal), teremos galegos, bascos, catalães e castelhanos em representação da Espanha, grupos do outro lado do Atlântico (Brasil) e da longínqua Austrália, bem como da Itália e da Bélgica e, do leste da Europa e pela primeira vez companhias da Polónia e da Ucrânia. Vão ser apresentadas 25 peças diferentes e 9 animações de rua e diariamente haverá espectáculos às 21h30 e 23h30 e animações de rua às 21h00. Aos sábados, domingos e no feriado de 5 de Outubro espectáculos também às 16h00 para o público infantil. O programa contempla as várias disciplinas assumidas hoje pelo teatro cómico mundial e que vão desde as clássicas comédias de costumes às novas linguagens contemporâneas. Assim apresentaremos o teatro de rua, mimo e pantomima, novo circo e "clown", café-teatro e "cabaret", fantoches e marionetas e ainda os novos géneros teatrais de que o FITCM é pioneiro em Portugal, caso da "música-comédia" (onde os actores são também músicos ou músicos que também são actores!) e a "multi-comédia", novo género teatral em que os comediantes utilizam, sem a predominância da palavra, todos os seus recursos artísticos, aliando o teatro à dança, ao circo, à música, ao gesto e á mímica , bem como às novas técnicas “laser” e efeitos sonoros-visuais. Novo ano, nova edição, novos grupos, novos espectáculos à procura de quem já nos conhece e de novos espectadores, é esta a marca deste Festival, sempre renovado e único do género no nosso no País e que se torna cada vez mais necessário continuar, em nome da inteligência, da cultura e da cidadania.


Riam todos com siso e tenham um Bom Festival!


José Leitão

(Teatro Art´Imagem)

Director Artístico do FITCM


Programação

01 de Outubro

21h30 - Anfiteatro Exterior do Fórum da Maia

Funk Junk                

Linsey Pollak (Austrália)

50 Minutos I M/6

(Em parceria com o Festival “O Gesto Orelhudo”, de Águeda, uma iniciativa d´Orfeu)

Funky Junk é um musical hilariante criado por Linsey Pollak em conjunto com a percussionista Jessica Ainsworth. Linsey é conhecido por toda a Austrália como músico, construtor de instrumentos, compositor, director musical e animador social na música. Desde 1996 que apresenta os seus espectáculos pela Austrália, Europa, Ásia e Canadá, executando instrumentos musicais feitos com inesperados objectos. Este espectáculo não é excepção. Funky Junk tem bolas de ping pong a roçar em cabeças rapadas e pernas depiladas, gaitas feitas a partir de luvas de borracha, e bolas de praia. Ouviremos o som inacreditável de Mr. Curly (um clarinete contra-baixo feito a partir de mangueiras). Também existem clarinetes feitos a partir de espanadores e regadores e uma miniatura dum kit de bateria com apenas 2 kg e bombos feitos a partir de plásticos. Estes são apenas alguns dos instrumentos que ouviremos. Linsey também criou um clarinete baixo, de vidro, de nome "Rosella" e um saxofone soprano de madeira chamado "saxillo" com malhas repetitivas de modo a criar "grooves" vários, com linhas de baixo tocadas em elásticos e percussões em balões ... e não esquecer a cenoura, que se transformará em clarinete ao longo do espectáculo.


Linsey Pollak é um dos mais brilhantes compositores/músicos australianos. Ele é altamente inovador no uso dos instrumentos mas nunca deixa que a sua experimentação interfira com a musicalidade de um trabalho. Pela primeira vez veremos este artista no FITCM.
 

Autoria: LINSEY POLLAK Interpretação: LINSEY POLLAK, JESSICA AINSWORTH

22h30 - Grande Auditório do Fórum da Maia

Clown in Liberté

Teatro Necessário (Itália)

60 Minutos I M/12

(Em parceria com o Festival “O Gesto Orelhudo”, de Águeda, uma iniciativa d´Orfeu)

Um concerto sempre interrompido pelo divagar cómico dos músicos ou um espectáculo bem suportado pela música?
Clown in Liberté é um momento de euforia e recreação por três hilariantes, simpáticos e talentosos clowns, excitados pela ideia de terem um número em público à sua inteira disposição.
Sem um texto ou piadas predefinidos, Clown in Liberté conta a história de três palhaços num espectáculo para divertir, surpreender e, enfim, conquistar, abraçar e beijar o público. Prevaricando com uns e com outros em provocação mútua, até ao descarrilamento total, em sequências de golpes, duelos em câmara-lenta, intrincadas passagens de malabarismo e pirâmides humanas.
A música é a verdadeira espinha-dorsal da narração que não pára por nada nesta única e longa viagem, nem mesmo durante as acrobacias impensáveis.
 
Autoria e Interpretação: LEONARDO ADORNI, JACOPO MARIA BIANCHINI, ALESSANDRO MORI

02 de Outubro

16h00 - Café Teatro do Fórum da Maia

Manu - ao sabor do vento

Produção Manu - Manuel Amarelo (Portugal)

60 Minutos I M/4

Um espectáculo clown contemporâneo onde a música e o gesto substituem a palavra, numa viagem que explora o universo cómico e poético.
De dentro de um tronco de uma oliveira milenar, ouvem-se os ruídos de um amanhecer diferente, de mais um dia alegre, puro, inocente e atabalhoado, cheio de peripécias e surpresas onde reina boa disposição.
Manu anda pelo mundo, um mundo onde as flores são gigantes e as pessoas vivem felizes cada dia que passa. As pequenas coisas atingem proporções grandiosas. Do saco de serapilheira que transporta consigo, saem as mais estranhas e hilariantes situações que decide partilhar com o mundo. Da “vassouira” ao “trombadidjúculo”, passando pela “mesa de gala” e o especial amigo “passaroco”, entre outros, concilia técnicas como a manipulação de objectos, a comédia física, a mímica e a música.
O personagem é intemporal e o espectáculo uma constante evolução surgindo ao longo dos tempos, novos gag`s, narrativas e aventuras.


Criação e Interpretação: MANUEL AMARELO Sonoplastia e Som: ÁLVARO PRESUMIDO Figurinos e Adereços: LEÓNIA DE OLIVEIRA Cenografia: LUCÍLIA TELMO

21h00 - Exterior do Fórum da Maia

O Grande Salto (Animação Teatral de Rua)

Kaki Clown (Portugal)

20 Minutos

O palhaço Kaki vai executar o grande salto, com saída em retroescavadora, para uma pequeníssima piscina. Este feito num antes realizado em território nacional, de maior perigosidade, audácia e coragem é arriscando a sua vida é ou não!
Será a primeira tentativa mundial para bater o recorde registado no famoso: “World Guinness Book of Ignoramus”.

21h30 - Grande Auditório do Fórum da Maia

Wanted

Commedia à la Carte (Portugal )

55 Minutos I M/12

Pioneiros em Portugal neste tipo de comédia os Commedia A La Carte criam o seu espectáculo a partir de conteúdos sugeridos pelo público, criando um espectáculo Interactivo onde tudo acontece No “aqui e agora2.
Este é sem dúvida um espectáculo onde a capacidade de improviso dos actores é testada ao máximo.
Um convite à imaginação e à criatividade, sem cenários nem adereços, reforçado pelos sons de um pianista e/ou um DJ, que cruza os seus sons com as cenas representadas em palco e nos transporta para ambientes diversos.
 
Criação e Interpretação: CÉSAR MOURÃO, CARLOS M CUNHA, RICARDO PERES, DJ. SÉRGIO MOURATO

23h30 - Grande Auditório do Fórum da Maia

Bolhão Rouge Alaibe

Hugo Sousa, João Seabra E Miguel 7 Estacas (Portugal)

90 Minutos I M/12

“Bolhão Rouge é um programa de humor do Porto Canal que teve início em 2008. Neste início de temporada 2010/2011 os protagonistas resolveram sair à rua por exigência dos telespectadores que gostam de assistir ao programa em casa. Tanto um como o outro disseram que queria ver o Bolhão Rouge ao vivo e assistir aos melhores sketchs, personagens e momentos de stand-up comedy.
O primeiro espectáculo desta fabulosa TOUR será precisamente aqui no FITCM.
Com autoria, representação, encenação, maquilhagem, cabeleireiro, catering e tratamento de unhas de gel da responsabilidade de Hugo Sousa, Miguel 7 Estacas e João Seabra.
PS: Temos a avisar que na estreia do «último projecto destes 3 artistas chegaram a haver momentos de porrada à porta entre a segurança e o público. Sim, os seguranças tiveram de bater nas pessoas porque ninguém queria entrar.
 
Criação e Interpretação: JOÃO SEABRA, HUGO SOUSA E MIGUEL 7 ESTACAS

03 de Outubro

16h00 - Café-Teatro do Fórum da Maia

Os Papões

Baal17  (Portugal)

50 Minutos I M/4

Todos temos papões. Os dela vivem dentro da cama, bem lá no fundo dos lençóis, onde os pés (ainda) não chegam e está muito escuro. Nunca os viu, mas imagina que estão lá, sossegados, à espera que a luz se apague para aparecerem. Serão bichos? Falarão? Terão pêlo, orelhas compridas e um monte de braços? Terão fome, boca sequer?! Como não os conhece, não consegue parar de se fazer perguntas? E não consegue dormir. Uma noite - enviado por Não-Se-Sabe-Quem, primo afastado do João Sem Medo e de outros famosos heróis corajosos das histórias antigas - ele vem para ajudá-la a conhecer o medo. Mas, cansado dos ultrapassados Homem-do-Saco, Lobo Mau, velhas bruxas e fantasmas, fica fascinado pelo que ela diz haver no fundo da sua cama? A curiosidade e a coragem ultrapassam o medo e os dois embarcam numa (arriscadíssima!) viagem pelo escuro desconhecido do fundo da cama. Nos Papões fala-se dos medos do dia-a-dia e, rindo, demonstra-se que embora existindo os grandes medos são tão pequenos que vivem todos dentro de nós.


Encenação: SOFIA CABRITA Interpretação: FILIPE SEIXAS E VÂNIA SILVA Cenografia e Figurinos: SARA MACHADO DA GRAÇA

21h00 - Exterior do Fórum da Maia

O Inultrapassável Homem Leão (animação teatral de rua)

Carlos Adolfo (Portugal)

20Minutos

O Inultrapassável Homem Leão tem a honra, e o prazer de convidá-lo a assistir - e participar - no seu novo show! Canções que contam histórias recentes desse glorioso país que o acolheu: A Grande América!
Juntemo-nos a ele num desejo, que é o de muitos: visite a América antes que ela a visite a si!

21h30 - Grande Auditório do Fórum da Maia

Krosny

Ireneusz Krosny (Polónia)

55 Minutos I M/12

“Ireneusz Krosny é um dos mais reconhecidos mimos cómicos da Polónia. Ele é adorado pelo público polaco. Pela sua arte, clarividência e originalidade ganhou audiências pelo mundo fora. O êxito da sua mímica provêm de duas fontes:
A primeira é a sua extraordinária criatividade. Os seus úmeros descrevem a história e os aspectos da vida quotidiana. Nas suas cenas, ele não evita o absurdo e a abstracção. Cada quadro é rematado com uma surpresa e uma mensagem.
A segunda é o seu estilo original. Ele criou a sua prpria técnica de mimo, transparente como a eloquência do actor, tornando compreensível cada movimento, sem atrair a atenção para a técnica em si.
Ele não usa maquilhagem e actua sempre de negro, traje neutro. Já foi definido como "fresco, divertido e irresistível".
 
Ireneusz Krosny nasceu na Polónia em 1968, Em 1992 começou a sua carreira como profissional sob o nome de "One Mime Theatre". Durante os anos 1995 e 1996 participou em 3 diferentes festivais cómicos na Polónia e obteve em todos eles os primeiros prémios. Abriram-se-lhe as portas da televisão onde realizou o seu próprio programa. Um ano mais tarde começou a trabalhar na Europa, Ásia e América. Entre outros prémios, nos EUA foi galardoado com o Prémio da Crítica da revista Chicago Reader.


Criação e Interpretação: IRENEUSZ KROSNY

23h30 - Café-Teatro do Fórum da Maia

Zona Portuária

Quico Cadaval (Galiza, Espanha)

55 Minutos I M/12

Quico Cadaval, desenvolve desde os anos noventa um espectáculo do tipo unipessoal, a meio caminho entre a narração tradicional, a épica cénica e o cabaret literário. Um espectáculo de narração oral que se vem a transformar nos últimos quinze anos ao acomodar-se às circunstâncias ambientais, inclemências do clima, às experiências pessoais do artista e aos temores mais íntimos do público.
O espectáculo surge a partir de estórias da tradição oral que se deformam a pouco e pouco, na digressão mundial inacabada em que Quico Cadaval conta aos públicos dos quatro continentes as estórias da sua terra natal para comprovar se são universais.
Como sempre, por ZONA PORTUÁRIA, aparecem tiranos, piratas, funcionários, putas, taberneiros, crentes, valentes, estudantes, charlatões, filósofos, cães, vacas e outros fantasmas. Ou não.


Criação e Interpretação: QUICO CADAVAL

04 de Outubro

21h00 - Exterior do Fórum da Maia

Kapum (animação teatral de rua)

Kaki Clown (Portugal)

20Minutos

100gr de provocação + 2 taças de perseguição + 3 copos de interacção + 4 sacos de improvisação + 2 colheres de chá de arrojo, várias doses de humor, louquice q.b.,  leve 15 minutos para a rua ... isto tudo é KAPUM!

21h30 - Grande Auditório do Fórum da Maia

Shakespeare para ignorantes

Produções Teatrais Excêntricas I Mofa e Befa (Galiza, Espanha)

100 Minutos I M/12

O objectivo do espectáculo é o apresentar o mais puro produto didáctico e proporcionar ao público carente conhecimentos concretos sobre Shakespeare. Tudo isto sob a forma de uma amena palestra de um prestigiado professor. Este tentará tornar mais atractiva a instrução para as mentes presentes, dois talentosíssimos, mas desempregados, actores: Mofa e Befa. Mofa & Befa intervêm na conferência para evidenciar as cenas ignoradas, o riso cruel, as intimidades vergonhosas, os actos desonestos, as astutas vilanias e os mecanismos ocultos do mal. Assassinos, mendigos, bufos, conspiradores, cornudos, oportunistas, chulos, torturadores, todas as personagens de segundo em primeiro plano. Muitos afirmam que Shakespeare foi o zoólogo que melhor conheceu a espécie humana, assim, o astuto e inteligente público poderá extrair valiosos recursos para resolver problemas da sua vida privada, laboral ou pública.


Interpretação: QUICO CADAVAL, EVARISTO CALVO, VÍCTOR MOSQUEIRA Técnico de Cena: OCTAVIO MAS Cenografia, Figurinos e Adereços: MOFA E BEFA Desenho de Luz: OCTAVIO MÁS Desenho Musical: FERNANDO REYES

23h30 - Café-Teatro do Fórum da Maia

A Neve

Teatro das Beiras (Portugal)

75 Minutos I M/12

“A Neve” é um espectáculo construído a partir de cinco contos de Virgílio Ferreira: O Encontro, A Palavra Mágica, A Fonte, A Galinha e A Estrela. São histórias que, interligadas, revelam um humor triste e alguma nostalgia em relação à condição humana. Memórias de um tempo, que não foi assim há tanto tempo, em que o coração dos homens era frio como a neve. Virgílio Ferreira (1916 - 1996), nasceu em Melo, Gouveia, e repartiu uma boa parte da sua vida pelo Interior: Gouveia, Fundão, Bragança, Évora. A neve, que virá a ser um dos elementos fundamentais do seu imaginário romanesco, é o pano de fundo da infância e adolescência passadas na zona da Serra da Estrela. Talvez por isso, a sua obra revela tanto a vida na província e reflecte o contraste campo/cidade. Os contos de Virgílio Ferreira traduzem e mostram a essência do povo português entre os anos 40 e 80. São 50 anos de prosa feita de amarga ternura lírica, uma certa visão quase irónica, quase desoladora feita de desalento pessimista, mas onde o homem solitário tende para o Homem Total, onde o eu particularíssimo se aproxima do Eu Universal. Aqui temos uma inclinação para descobrirmos a subtileza da alma portuguesa. Uma alma latina, saudosista, plena de surpresas.
 

Adaptação, Dramaturgia e Encenação: JOSÉ CARRETAS Interpretação: FERNANDO LANDEIRA, PEDRO DAMIÃO, PEDRO DA SILVA, RUI RAPOSO COSTA, SÓNIA BOTELHO, TERESA BAGUINHO Cenografia: NUNO LUCENA E JOSÉ CARRETAS Música Original: TELMO MARQUES Figurinos: MARGARIDA WELLENKAMP

05 de Outubro

16h00 - Café-Teatro do Fórum da Maia

Alegrativo en comprimidos

Ale Risorio (Catalunha, Espanha)

50 Minutos I M/4

Um espectáculo intenso de humor em linguagem universal. Um clown inocente, mordaz e irreverente, maestro da tolice e do absurdo, que através da sua personagem, subtilmente sublinhada com imagens e sons de desenhos animados, e da inteligente interacção com o público cria surpreendentes situações cómicas.
Estas vão desde um "Grande Mestre Samurai", música com globos, malabarismo (com estilo próprio) e até um particularíssimo Peter Pan. O resultado é um mar de alegria, riso e emoção.


Criação e Interpretação: ALE RISORIO

21h00 - Exterior do Fórum da Maia

Os pregadores no olho da rua I (animação teatral de rua)

Pregadores do Riso (Brasil)

20 Minutos

Primeiro andamento de uma trilogia inspirada na Comedia de resgate e gags tradicionais do circo, encenadas por palhaços há mais de 200 anos. As Gags mostram um dia típico na vida de dois amigos, um deles, um feixe de nervos, obrigado ao constante exercício do controle para não estourar, o que o torna o mais caprichoso dos dois. O outro, dono de uma lógica peculiar, de tão conformado que roía a estupidez. Como num cabo-de-guerra a corda que os une é a amizade.

21h30 - Grande Auditório do Fórum da Maia

Cão que morre não ladra

Companhia do Chapitô (PT)

60 Minutos I M/12

Cães mortos não ladram - ou será que ladram? Pessoas mortas não dançam - ou será que dançam? Este espectáculo da Companhia do Chapitô é uma comédia negra que fala duma família que tem um problema bastante sério. É uma família que tem uma maneira própria e especial de lidar com a perda dum ser amado. Uma família despedaçada e partida ao meio pela tragédia, mas finalmente reunida ... A mesma questão em cada nova criação: o que vamos fazer desta vez? No passado adaptámos clássicos, virámo-los do avesso e descobrimos nova maneiras de os apresentar.
Desta vez contamos a nossa própria história, a construção das peripécias e o texto é exclusivo da sala de ensaios e das conversas entre os intérpretes e encenador. Optamos, então, por trabalhar uma história em que o humor é desenvolvido sobretudo em torno da temática da morte. Sem reis ou rainhas, sem nobres deuses ou princesas, sem as numerosas personagens que é habitual cada actor representar, quase naturalmente surgiu uma família: o pai, a mãe, o filho e o cão. É um espectáculo de humor negro com recurso a elementos macabros, absurdos ou violentos que se associam ao cómico.


Encenação: JOHN MOWAT Interpretação: JORGE CRUZ, MARTA CERQUEIRA, TIAGO VIEGAS Assistente de Encenação: KATRINA BROWN Cenografia: KEVIN PLUM Desenho de Luz: JOSÉ GARCIA, LUÍS MOREIRA

23h30 - Café-Teatro do Fórum da Maia

Folk Oral

Carlos Blanco (Galiza, Espanha)

55 Minutos I M/12

Porque há quem faça pop-rock, funk ou rap Carlos Blanco faz Folk Oral. Um jeito de fazer as coisas, de fazer rir, de improvisar, de revisitar o dia-a-dia. Um estilo mais que um título. Uma marca. O contar caótico-vulcânico de Carlos Blanco, os mil e um personagens que desfilam pelas suas histórias, monólogos, acontecimentos, o que seja.Sem receita médica, só para adultos. Com listas de espera também, símbolo dos tempos em que vivemos.


Criação e Interpretação: CARLOS BLANCO

06 de Outubro

21h00 - Exterior do Fórum da Maia

Tiko e Terérét (animação teatral de rua)

Criative Circus (Portugal)

20 Minutos

"Dois personagens vindos de universos distintos, mas paralelos, encontram-se...
Da sua interacção, através de diferentes técnicas circenses (mimo, clown, malabarismo) e música, vão se desenrolando momentos de comicidade; onde o público (personagens de outros universos) é convidado a participar..."


21h30 - Grande Auditório do Fórum da Maia

Remédios santos - sem princípios activos

Peripécia Teatro (Portugal)

80 Minutos I M/12

Quem nos cura? Os Remédios ou os Santos? A N.S. dos Remédios? “Os Santos operam de forma esquisita” São dos mais antigos placebos da medicina- diz o Guarda-Mor da Morgue dos Mortos de Marca. Remédios Santos? Remédios do Povo, dos que se transmitem de boca em boca ao longo de gerações, não sujeitos a patente. É “Remédio Santo!” diz a S. Joaquina do Outeiro sobre a receita para os cravos das mãozinhas do José Maria. “É remédio santo!” diz o técnico de vendas da maior farmacêutica sobre o seu medicamento para a epilepsia. No espectáculo riremos dos princípios activos que levam farmacêuticas a aniquilar outras substâncias e descobriremos, mesmo à força do escárnio, que princípios actuam nas instituições públicas para abdicarem de princípios como o bem comum ou a Democracia.
Faremos uma visita de estudo a um congresso de Psiquiatria vendo como, entre canapés e champanhe francês, médicos ouvem os técnicos de comunicação e vendas de grandes companhias farmacêuticas. Ouviremos a parte da História de um dos maiores laboratórios farmacêuticos e a sua relação com personagens heróicas do séc. XX, como por exemplo Adolf H. ou a própria Heroína, ela mesma, a substância!
Mas REMEDIOS SANTOS! é um espectáculo que também nos satiriza a nós próprios, como cidadãos incapazes de renunciar a um comprimido para curar uma leve dor de cabeça ou a um xarope específico para uma tosse inofensiva. De Santo não tem nada, mas o Riso continuará a ser mesmo o melhor Remédio.


Criação e Interpretação: ÁNGEL FRAGUA, NOELIA DOMÍNGUEZ, SÉRGIO AGOSTINHO Iluminação: PAULO NETO Sonoplastia: BORJA SALCEDO Adereços e Cenografia: ZÉTAVARES

23h30 - Café-Teatro do Fórum da Maia

(des)variat

Ale Risório (Catalunha, Espanha)

50 Minutos I M/12

"Em palco um actor, um clown, um verdadeiro cómico. Militante da "palhaçada" e do absurdo, os seus trabalhos contagiam os espectadores com o seu particular humor irónico e mordaz, dirigido à nossa inteligência e apresentado sempre com o ar mais inocente de que este comediante é capaz. Os seus espectáculos têm corrido os grandes festivais de teatro ao ar livre da Europa e recebido os mais encómios elogios."


Criação e Interpretação: ALE RISORIO

07 de Outubro

21h00 - Exterior do Fórum da Maia

Os pregadores no olho da rua II (animação teatral de rua)

Pregadores do Riso (Brasil)

20 Minutos

Segundo andamento inspirado na Comedia de resgate e gags tradicionais do circo, encenadas por palhaços há mais de 200 anos. As Gags mostram um dia típico na vida de dois amigos, um deles, um feixe de nervos, obrigado ao constante exercício do controle para não estourar, o que o torna o mais caprichoso dos dois. O outro, dono de uma lógica peculiar, de tão conformado que roça a estupidez. Como num cabo-de-guerra a corda que os une à a amizade. Gags a partir do jogo entre o Clown Branco (voz da razão) e o Clown Augusto (a pureza da ingenuidade).

21h30 - Grande Auditório do Fórum da Maia

O gladiador do humor

Elliot (Bélgica)

60 Minutos I M/12

Eric Jenicot, aliás "Elliot" iniciou a sua carreira de clown como educador social, por volta dos anos 80, e este foi o começo de um caminho: colocar o seu génio terapêutico ao serviço da humanidade.
Elliot é um anti-depressivo imparável, que faz parecer simples o que, na realidade, é tremendamente complicado. No seu último espectáculo, O Gladiador do Humor, veremos em palco um personagem inigualável: Elliot, que de igual se transforma em estrela rock, Mike Jagger e a sua guitarra mágica em pantominas surrealistas e diferentes situações, como constrói uma luta com um spray que desenha no ar formas e palavras de duplos sentidos. Elliot, O Gladiador do Humor é um espectáculo de estética apurada em que a música é fundamental e em que se revela a personalidade deste grande homem do espectáculo.
Elliot, O Gladiador do Humor, é uma hora e meia de gargalhada contínua, de diálogo com o público, que acompanha de forma perfeita a sincronia entre o artista e a banda sonora. Hora e meia para desfrutar de um espectáculo carregado de humor eléctrico, de contorções faciais e de um sentido da comédia visual que provêm do teatro cómico, do cinema e da televisão. Elliot reina com o seu estilo próprio, no sano exercício do riso, como demonstram as suas participações nos festivais mais importantes do mundo e as suas numerosas aparições em televisão.
 
Criação e Interpretação: ERIC JENICOT

23h30 - Café-Teatro do Fórum da Maia

Vítima da Crise

Teatro Art'Imagem I Terra na Boca (Portugal)

60 Minutos I M/12

“Perdi o emprego... E agora ?”
Há quem não desanime e vê à luta, mas José vai fazer exactamente o contrário. Esta é uma peça sobre as pessoas que mascaram a importância e a inércia com palavras de revolta. Uma peça sobre a tragédia do homenzinho de rua, que grita contra os deuses ao mesmo tempo que muda de canal de televisão...
 
Uma co-produção entre o Teatro Art´Imagem, uma das mais antigas companhias da cidade do Porto e uma nova estrutura cultural portuense, Associação Terra na Boca.
 
Autoria e Encenação: JORGE PALINHOS Figurinos: PEDRO RIBEIRO Cenografia e Adereços: DANIEL TEIXEIRA Sonoplastia: CARLOS ADOLFO Desenho de Luz: LEUMAN ORDEP Interpretação: ISABEL PINHO E VALDEMAR SANTOS

08 de Outubro

21h00 - Exterior do Fórum da Maia

Os pregadores no olho da rua III (animação teatral de rua)

Pregadores do Riso (Brasil)

20 Minutos

Terceiro andamento inspirado na Comedia de resgate e gags tradicionais do circo, encenadas por palhaços há mais de 200 anos. As Gags mostram um dia típico na vida de dois amigos, um deles, um feixe de nervos, obrigado ao constante exercício do controle para não estourar, o que o torna o mais caprichoso dos dois. O outro, dono de uma lógica peculiar, de tão conformado que roça a estupidez. Como num cabo-de-guerra a corda que os une é a amizade.

21h30 - Grande Auditório do Fórum da Maia

O clube das mulheres invisíveis

Ados Teatroa (País Basco)

60 Minutos I M/12

O Clube das Mulheres Invisíveis Uma história de amor "singular", entre um pianista e uma cantora. Um abandono. Uma mulher que se torna invisível gere um bar em que cada mulher que entre e conte a sua história bebe de borla.
Seis histórias, cómicas e dramáticas de mulheres "invisíveis" nascidas da pena de autores como Juan Mayorga, Jordi Galcerín, Laila Ripoli, Oscar Terol, Arantxa Iturbe e Aizpea Goenaga.
 
Dramaturgia e Direcção: FERNANDO BERNUES Música Original: IRAKI SALVADOR Interpretação: SUSANA SOLETO, VITO ROGADO, ANA PIMENTA, AINARA ORTEGA E IRAKI SALVADOR Cenografia: JOSÉ IBARROLA Luz: XABI LOZANO

23h30 - Café-Teatro do Fórum da Maia

Música para sem abrigo

Companhia Marimbondo (Portugal)

50 Minutos I M/12

Esta divertida sátira teatral, para 4 actores e um cão, promete muita música e stand-up de qualidade. O concurso “Mendigo de Ouro”, a imobiliária “Tecto Seguro”, o passatempo onde você espectador pode ganhar um duplex, são alguns dos quadros que preparámos para si... E se o seu Presidente resolver importar alguns Sem-Abrigo, o que diria? Não entre em pânico, em caso de dúvida temos disponível 24 horas, a linha S.O.S. Sem-Abrigo! Histórias cantadas ao som do realejo, números insólitos, toda a “verdadeira” interacção dos Sem-Abrigo com a sociedade em geral (ou vice-versa?!?)

Ideia: DETLEF SCHAFFT Texto: CRIAÇÃO COLECTIVA Apoio à Dramaturgia: CARLOS DO ROSÁRIO Interpretação: DETLEF SCHAFFT, EVA CABRAL, JOSÉ BALTAZAR E JOSÉ HENRIQUE NETO

09 de Outubro

16h00 - Café-Teatro do Fórum da Maia

Eu hei-de crescer e depois tu vais ver

Al-Masrah Teatro (Portugal)

60 Minutos I M/4

No nosso conto, o herói é pequeno e franzino, mas tem coração, sorte, bons amigos e um sonho: ser rei e mostrar ao irmão mais velho que, apesar de fraquito e pequeno, ele é capaz de vencer! Pegámos num conto tradicional magrinho, pálido e esquecido, e demos-lhe de comer e beber. Acarinhámo-lo e vimo-lo ganhar corpo e cor nas nossas mãos. Este conto fala de pequenos e grandes, de injustiças e conquistas, de dores e alegrias à fala, enfim, da aventura que é crescer, num espectáculo que brinca, do princípio ao fim, com a narração oral e a improvisação teatral.
 
Texto: CONTOS TRADICIONAIS Encenação: PATRÍCIA AMARAL Luz e Som: VALTER ALVES Interpretação: BRUNO MARTINS, CÁTIA AGRIA, PEDRO CARVALHO

21h00 - Exterior do Fórum da Maia

Pautini e Pautinela (animação teatral de rua)

Companhia Marimbondo (Portugal)

20 Minutos

Eles são uma dupla de clowns musicais que surpreenderão com os seus extravagantes números. Transportando todos os seus adereços num desconcertante carrinho, surpreenderão o público com as suas invenções...

21h30 - Grande Auditório do Fórum da Maia

Paper World

Mimirichi Theater (Ucrânia)

80 Minutos I M/12

Este espectáculo tem como fio condutor o papel branco com o qual os clowns interagem continuamente. Conta de forma sensível e engenhosa a história de um homenzinho perseguido por todo o mundo, que, ao entrar em contacto com o mundo exterior, converte-se num aspirador humano.
É uma alegoria original sobre uma pessoa gananciosa que “aspira” tudo para si mesmo, capaz de se encher até atingir grandes dimensões. Este homenzinho inchado imagina-se a si mesmo como um outro, um personagem importante, cujas as fantasias chegam ao tal ponto em que governa o mundo.
Mas a vida não só pode enaltecer o ditador recém-chegado como também devolve-lo ao ponto de partida.
“Guerra de Papel” é uma paródia sobre a megalomania humana, de querer o poder sobre tudo e todos.

Autoria: MIMIRICHI Encenação: IGOR IVASHCHENKO Interpretação: IGOR IVASHCHENKO, ANDRII GONSALES, ANATOLIY MIROSHNYK Técnico: DEMIAN PROKORENKO

23h30 - Café-Teatro do Fórum da Maia

Palhaços

Pregadores do Riso (Brasil)

50 Minutos I M/12

Neste camarim, está o palhaço Careta, e é aí, na sua faixa de segurança, invadido por um intruso, que o palhaço se arma com todas as suas garras e forças para não ser engolido de uma vez. Com o intruso, o artista se exercita, dá o máximo de si, faz malabarismos físicos e mentais. Contorce, exorciza, revela-se, representa, sofre, chora, ri.


Autoria: TIMOCHENCO WEHBI Encenação: BETO MAGNANI Interpretação: FLÁVIO ESTEVÃO E MARCELO MESSIAS Técnico: FÁBIO REICHEMBACK Cenografia e Figurinos: PLÍNIO RIGON Música e Iluminação: MR. MAGU

10 de Outubro

16h00 - Café-Teatro do Fórum da Maia

Sonhos de palhaços

Pregadores do Riso (Brasil)

60 Minutos I M/4

O espectáculo mostra um dia típico na vida de dois amigos, um deles, um feixe de nervos, obrigado ao constante exercício do controle para não estourar, o que o torna o mais caprichoso dos dois. O outro, dono de uma lógica peculiar, de tão conformado beira a estupidez. E assim é conduzido o espectáculo, como em um cabo de guerra cuja corda que os une é a amizade. Um espectáculo criado a partir do jogo entre o Clown Branco (A voz da razão) e o Clown Augusto (A pureza da ingenuidade) sendo eles: a professora e o aluno sapeca, a mãe e o filho arteiro, podemos até dizer que são o anjo com a espada flamejante nas mãos e o pecador ajoelhado pedindo clemência. Em suma, duas atitudes psicológicas do homem, o impulso para cima e o impulso para baixo, dividido e separado.
 
Encenação e Figurinos: FLÁVIO ESTEVÃO Cenografia: ANTÓNIO CARLOS SIMÃO E FLÁVIO ESTEVÃO Som e Luz: FABIO H. REICHEMBACK Interpretação: FLÁVIO ESTEVÃO DA SILVA, MARCELO MESSIAS DE SOUZA

21h00 - Exterior do Fórum da Maia

Barbeiro ensarilhado (animação teatral de rua)

Criative Circus (Portugal)

20 Minutos

Em pleno século XXI, num mundo de agitação e falta de sensibilidade, o Palhaço sente-se na necessidade de ter que simplesmente transformar tudo o que toca. Relembrando a necessidade extrema de homenagear, coloca-nos assim mais próximos do oficio de barbeiro, que além de exercerem a sua arte, acabam muitas vezes exercendo também o papel de confidentes. Criando uma transformação nas pessoas e nos objectos, levando a um hilariante e humorístico sketch sobre esta nobre arte.

21h30 - Grande Auditório do Fórum da Maia

Lost in space

Kind of Black Box (Portugal)

50 Minutos I M/12

Em 2002, desesperados e desiludidos com a situação política do país e do mundo, trás astronautas portugueses resolvem abandonar o planeta em busca de uma... salvação!? Desde Dezembro de 2004 que perderam o contacto com a Terra e andam à deriva no espaço. A peça retracta o momento mais trágico no percurso destes três homens; a falta de provisões. Que solução? Que estratégia? Que final? Testemunhe esta luta pela sobrevivência onde o único troféu... é a vida. LOST IN SPACE foi inspirado em "Alto Mar" de Slawomir Mrozek, autor polaco, mundialmente conhecido pelo profundo sentido crítico, ambíguo e absurdo da sua obra onde usa os momentos-limite, a paródia trágica e a sátira amarga como o meio de expressão mais simples e eficaz para o "drama dos nossos dias".


Direcção, Cenário e Desenho de Luz: YURI KURKOTCHENSKY Interpretação: JOÃO CRAVEIRO, PAULO DUARTE RIBEIRO, TOBIAS MONTEIRO Participação Especial: ALDA GOMES E PEDRO CARDOSO Vídeo e Música Original: TIAGO CONCEIÇÃO

23h30 - Grande Auditório do Fórum da Maia

No es tan fácil

Teatro de Arcón De Olid (Castela e Leão, Espanha)

60 Minutos I M/12

(Ao abrigo do Protocolo Cultural entre a Câmara Municipal da Maia e a Junta de Castilla y León)


Pois, não é assim tão fácil desenamorar-se. Tão pouco é fácil explicar algo que se entranha e faz parte da experiência de quase todos nós. No quotidiano, na pequena história de cada um, só tem explicação aparente quando nem sequer planeamos o porquê. Sim fazemo-lo... surgem as dúvidas, as gradações, as contradições e acabamos às voltas nesses mesmos temas que pareciam tão óbvios. É mais fácil preocupar-nos com algo do quotidiano que com uma questão considerada transcendental. É melhor enfrentá-lo com humor, saudável, que nada resolve mas ao menos não se deixa amargurar. O espectáculo não pretende ser original na temática. Não pode ser uma comédia sobre essa eterna guerra dos sexos e as suas batalhinhas quotidianas. O seu autor não tenta buscar o estranho ou o surpreendente, mas recrear mediante o engenho e o humor, uma situação comum, facilmente identificável, e jogar com os limites do realismo e da caricatura, para que desfrutemos ao ver algo, que noutras circunstâncias, não nos faria rir. Sobretudo se somos uns angustiados como Quique.
 
Autoria: PACO MIR Encenação: MARTA MARTÍNEZ Interpretação: JOSÉ MANUEL FERNÁNDEZ, SILVIA GARCÍA, ORENCIO FRUTOS, MARTA MARTÍNEZ Desenho de Luz: JUAN CASADO Cenografia: JUAN CARLOS PASTOR Espaço Sonoro: JUAN CARLOS LLANOS

Outras Actividades

Exposição - 01 a 10 de Outubro

À Volta das Máscaras


Um conjunto de máscaras e fotografias que permitirão conhecer alguns desses ancestrais e sempre misteriosos artefactos utilizadas pelo Homem desde as suas origens até aos nossos dias e que o têm acompanhado no teatro e outras manifestações artísticas, rituais e cerimónias religiosas e pagãs, do nascimento à morte e nos ciclos naturais e festivos que acompanham a sua vida.
Provenientes de várias regiões do Mundo e de Portugal, construídas com os mais diversos materiais. O núcleo principal da pequena colecção pertence a José Leitão e Fátima Maio e outros particulares.
Integrando esta Exposição estarão as máscaras e um vídeo do espectáculo “Vêm aí os Mascarados - Uma viagem dos primórdios da humanidade aos nossos dias” de Rogério Ribeiro, uma criação de O Fantocheiro - o Grupo de Teatro.
Durante o Festival (se as condições o permitirem), será apresentado o espectáculo acima referido.


Organização do Teatro Art´Imagem, Associação Cultural Terra na Boca e o Fantocheiro - Grupo de Teatro


Ficha Técnica

Organização: Câmara Municipal da Maia

Produção e Direcção Artística: Teatro Art’Imagem

Director Artístico: José Leitão

Concepção e Direcção de Montagem: Pedro Carvalho

Direcção de Produção: Jorge Mendo


Equipa de Produção:

Assistente de Programação: Cláudia Silva

Assistentes de Produção: Carina Moutinho e Inácio Barroso

Produção Executiva: Cristina Machado, Eugénia Silva, Fátima Silva, Flávio Hamilton, Joana Céu e Nuno Pereira

Fotografia e Vídeo: Marcos Araújo e Arquivo Fotográfico da Câmara Municipal da Maia


Equipa Técnica:

Coordenação: Wilma Moutinho

Técnicos de Luz: Bruno Santos, Luís Ribeiro, João Branco e Rui Gonçalves

Técnicos de Som: Carlos Adolfo

Técnico Electricista: João Branco

Técnicos Maquinistas: José Lopes, João Emanuel e Emanuel Braga


Apoio técnico e logístico dos Funcionários e Serviços da Câmara Municipal da Maia.

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