A Maior Flor e Outras Histórias Segundo José

104ª Criação I Estreia: 28 de Maio de 2014 - Teatro do Campo Alegre, Porto

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«Havia uma aldeia e um menino (ou uma menina?).

Havia também os avós com quem a menina (menino?) vivia, mais os vizinhos.

Um dia sai o menino (menina?) pelos fundos do quintal e toca a andar, toca a andar.

Caminhou, caminhou, correu, correu, parou, parou...

Até que chegou ao limite das terras até onde se aventurara sozinha ( sozinho?).

– Vou ou não vou?

Foi!

À descoberta de si, à descoberta do mundo.»


Inspirado na obra de José Saramago e tendo como base de trabalho dramatúrgico o seu livro para crianças “A Maior Flor do Mundo”, o Teatro Art´Imagem apresenta uma peça de teatro para ser vista por adultos e crianças em conjunto. Uma boa oportunidade para homenagear e divulgar o autor e a sua obra, na esteira do Teatro Art´Imagem cujo lema tem sido apresentar os grandes autores e textos da literatura universal, transformando-os em teatro.

Acrescentando outros textos que vão desde “Pequenas Memórias” aos contos “Deste Mundo e do Outro”, dos “Cadernos de Lanzarote” aos “Poemas Possíveis” e ao Discurso de aceitação do Prémio Nobel, ao aparecimento de personagens literárias inesquecíveis do universo do autor, como o par Blimunda e Baltazar, os Sete Sóis e Sete Luas, do “Memorial do Convento”, a Mulher do Médico e o Cão das Lágrimas, de “O Ensaio Sobre a Cegueira”, até às criaturas reais, mais ou menos fantasiadas, que povoaram a sua infância, como os seus avós Jerónimo e Josefa e outros familiares, bem como as recordações do que era viver, trabalhar e brincar na aldeia de Azinhaga do Ribatejo, ao despertar dos primeiros amor. Dois actores, uma mulher e um homem, interpretam e representam em palco e na plateia, as palavras e acções escritas e descritas pelo autor, ganhando estas outra dimensão artística de comunicação e partilha. Há corpos em presença, olhos que se cruzam, pessoas de corpo presente, membros que se tocam, vozes que se ouvem, respirações e tempos comuns entre espectadores e artistas, acção dramática, movimento e vida em misturando-se teatro e literatura, palavras e actos, deambulação e realidade, sentimentos, medos e perguntas, recordações e memórias. Em palco toda a humanidade que Saramago descreve e defende nos seus romances e na sua própria vida, à procura de um mundo diferente, melhor.

Inspirado na obra de José Saramago

Dramaturgia e encenação: José Leitão
Interpretação:
Daniela Pêgo e Flávio Hamilton
Pintura:
Agostinho Santos
Música:
Alfredo Teixeira
Cenário:
Fátima Maio, José Leitão e José Lopes
Figurinos e adereços:
Fátima Maio
Apoio ao movimento:
Renato Vieira e Ana Lígia
Desenho de Luz:
Leunam Ordep
Operação Técnica:
Sandra Sousa

Produção: Sofia Leal


M/06 I 50m

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