Programação Regular de Teatro da Quinta da Caverneira - 2025

24, 25 e 26 de Janeiro

Amadeo(s)

Teatro Art'Imagem

Lembrar a obra e a vida do pintor modernista Amadeo de Souza-Cardoso e prestar homenagem a sua mulher Lucie Pechetto (Lyon, França 1890 – Paris 1987) que conheceu em Paris em 1908 e casados no Porto em 1914, que durante 69 anos depois da morte do marido em 1918 guardou e ajudou a divulgar a sua obra em Portugal e no Mundo até à sua morte com 87 anos de idade.


Ideia, Guião e Encenação: José Leitão Interpretação: Daniela Pêgo, Flávio Hamilton e Pedro Carvalho Direcção de Movimento: Ana Lígia Vieira Música Original e Sonoplastia: Carlos Adolfo Direcção Técnica e Desenho de Luz: André Rabaça Direcção Plástica e Cartaz: Sofia Silva Construção: José Lopes Costureira: Marlene Rodriguez Aderecista: Ricardo Neto Designer Gráfico: Tiago Dias Fotografia de Cena: Paulo Pimenta Vídeo: Luís Lima Productions Produção: Mariana Macedo

70 minutos I M/6

15 e 16 de Fevereiro

Snails on Speed

oprime.ira (Porto)

Num futuro próximo o melhor amigo do homem já não é o cão. Num futuro próximo a melhor amiga do homem não é a mulher. Num futuro próximo já não existirão cartas nem caligrafia, apenas telegrafia sem fio e sem pavio, pois as velas, num futuro próximo, também cessarão de existir. Uma história para oprimir a ira de existir sem desistir. Uma história para oprimir a ira de desistir sem existir. Era uma vez a imortalidade.


Texto e encenação: Gabriel Godinho e Valdemar Santos Interpretação: Valdemar Santos Integração tecnológica: Carlotta Premazzi Música: Lara Amaral Pushkhy Produção: Snails On Speed Residência Artística: fAUNA | habitat de criação - Teatro da Didascália Aquilo Teatro

50 minutos I M/12

21 de Fevereiro

Poemas de Amor e Morte

Susana Paiva

De novo uma mulher… a ausência de contacto…. Uma espera interminável que vai sempre dar ao mar que os espera.
Este espetáculo, segundo monólogo poético da autora, pretende novamente alertar para a solidão que caracteriza a nossa sociedade. O isolamento humano é gritante e desesperante…
Esta mulher vive numa casa, num quarto vazio, em que as paredes e o chão e o teto são as memórias de um amor ausente… Mais dramático do que o “Vesti-me de Vermelho [para que me visses no meio da multidão], o espetáculo “Azul -Poemas de Amor e Morte-“ retrata uma mulher na encruzilhada da vida, entre o viver e esperar, e o morrer e ser livre desse amor que a isola e exaspera… a morte é a solidão… a vida sem o seu amor é demasiado dolorosa… a praia, viu-os chegar e no seu quarto morre, como o mar que a abraça, pela última vez… finalmente foi feliz, no altar que edificou para o seu amor, no âmago do seu ser…


Dramaturgia, interpretação, cenografia e encenação: Susana Paiva Luz e Vídeo: Victor Melo Sonoplastia: Aura Records

60 minutos I M/12

2 a 11 de Maio

Sussurros de Sombra

Teatro Art'Imagem

O espectáculo assenta na fusão das narrativas poéticas “Poemas da Prisão”; “Maria” e alguns poemas dispersos pelas outras obras do autor José Craveirinha, galardoado com o Prémio Camões em 1991 e considerado o maior escritor moçambicano, nunca antes a sua poesia tendo sido levada à cena em Portugal enquanto peça de teatro. A dramaturgia dos textos revelará a importância da identidade da sua terra e da visão profunda que emite sobre vários temas universais e sobre a sua vida íntima.
Quando a violência é de várias formas presente e se junta ao encarceramento físico, a palavra poética ganha um novo significado, poderá ela ganhar um sentido subversivo? Daqui, de um sítio fechado e húmido a poesia é placa de salvação da própria vida numa espécie de eco ao outro na tentante vigília de uma compreensão humana.


Autor: José Craveirinha; Dramaturgia: Flávio Hamilton; Encenação: Daniela Pêgo; Interpretação: Pedro Carvalho, Flávio Hamilton e Jacinta Freitas; Música: Carlos Adolfo; Figurinos: Cláudia Ribeiro; Desenho de Luz e Vídeo: André Rabaça; Produção: Mariana Macedo; Fotografia: Nuno Ribeiro; Vídeo: Luís Lima Productions;

60 minutos I M/14

15 e 16 de Maio

A arte da Comédia

Teatro Experimental do Funchal

A peça mostra o confronto entre o diretor de uma companhia de teatro e o presidente da câmara de uma pequena cidade, recentemente empossado. Abalado pela crise financeira decorrente de um incêndio nas instalações da sua Companhia de Teatro, o diretor pede auxílio ao presidente e recebe um "não" como resposta. Ao sair é-lhe dado, por engano, um documento sigiloso que lhe permitirá gerar a dúvida e o caos no presidente: sem conhecer os moradores da cidade como irá este saber, se os próximos cidadãos que o procuram, são habitantes legítimos ou atores disfarçados? O equívoco, gera situações de grande absurdo e comicidade, num ambiente característico de tragicomédia.


Texto: Eduardo De Filippo Dramaturgia e Encenação: Eduardo Luíz Interpretação: Alice Viveiros, Nuno Lusitano, Duarte Rodrigues, Luciano Moniz, Marcos De Góis, Pedro Monteiro, Francisco Corte, Ester Vieira, Alice Viveiros, Márcio Faria, Artur Aguiar, Filipe Marote, Eduardo Luíz e Simão Duarte Assistência De Encenação: Ester Vieira Direção de Cena: Luís Melim Cenografia, Figurinos e Adereços: Ruben Freitas Assistência ao Guarda-Roupa: Luís Melim Costura: Noélia Gouveia Manutenção de Guarda Roupa: Salete Silva Contrarregras: Luís Melim e Sofia Faria Composição, Orquestração e Direção Vocal: Márcio Faria Execução Musical: Márcio Faria e Simão Duarte Vozes: Ester Vieira, Francisco Corte, Márcio Faria, Pedro Monteiro e Simão Duarte Letras das Canções: Ester Vieira Gravação, Masterização e Construção de Banda Sonora: Luís Calhanas Desenho e Montagem de Luz: António Freitas Assistência Técnica: Luís Melim Operação de Luz, Som e Imagem: Luís Melim Carpintaria de Cena e Transporte de Materiais: Anastácio Santo Pintura de Cenário: Rui Correia Imagem de Cartaz: Filipe Gomes Design Gráfico e Comunicação: Filipe Gomes Redação e Revisão de Conteúdos: Ester Vieira Vídeo Clip Promocional: Diogo Brazão Produção Executiva: Ester Vieira Assistentes De Produção: Luís Melim e Susana Capitão Promoção e Divulgação: António Plácido, Ester Vieira, Filipe Gomes


90 minutos I M/12

13 de Junho

Cabral Corpo

Saaraci Coletivo Teatral (Porto)

A (re)interpretação do legado simbólico de Amílcar Cabral no contexto performático acaba por se encontrar ligada à prática de participação e compromissos cívicos assumidos através de atividades ou projetos culturais de desenvolvimento comunitário que, no processo de luta ainda nos anos 60, constituiu uma das preocupações mais presentes nos escritos e ações políticas de Amílcar Cabral. Mas num contexto artístico contemporâneo, não só cabo-verdiano, como também na imensa amplitude geográfica onde o pensamento de Cabral é visto como de importância histórica, este legado continua estranhamente ausente. Esta é uma criação na fronteira entre o teatro, a dança e a performance, que desaguará nos corpos crioulos (no sentido cabo-verdiano do termo), com as suas manifestações de raiz popular, as suas paisagens topográficas, os seus movimentos, as suas partituras energéticas, partindo da premissa sobre a dança de que o movimento exterior é subordinado ao sentimento interior. É a partir deste movimento interior, construído no território cabo-verdiano e na diáspora, que surge este processo criativo, e com ele se manifesta nos corpos, enquanto identidade, matriz e DNA sociocultural.


Encenação e Direção Artística: Sara Estrela Cenografia e Espaço Cénico: João Branco Apoio na Dramaturgia: Filinto Elísio, a partir de escritos de Amílcar Cabral Interpretação: Emerson Henriques, Nuno Barreto e Zeca Cardoso Direção Musical e apoio à Criação: Jeff Hessney Desenho de Luz: Péricles Silva Produção e Figurinos: Janaina Alves Fotografias e Apoio à Criação: Sofia Berberan Coprodução: Centro de Artes do Espetáculo de Portalegre /Centro Dramático de Viana do Castelo / Festival Mindelact Produção: Saaraci Coletivo Teatral Parcerias: Companhia Nacional de Espetáculos, Um Coletivo, Associação Caboverdiana


70 minutos I M/6

2 a 6 de Julho

Amadeo(s)

Teatro Art'Imagem

Lembrar a obra e a vida do pintor modernista Amadeo de Souza-Cardoso e prestar homenagem a sua mulher Lucie Pechetto (Lyon, França 1890 – Paris 1987) que conheceu em Paris em 1908 e casados no Porto em 1914, que durante 69 anos depois da morte do marido em 1918 guardou e ajudou a divulgar a sua obra em Portugal e no Mundo até à sua morte com 87 anos de idade.


Ideia, Guião e Encenação:  José Leitão Interpretação: Daniela Pêgo, Flávio Hamilton e Pedro Carvalho Direcção de Movimento:  Ana Lígia Vieira Música Original e Sonoplastia:  Carlos Adolfo Direcção Técnica e Desenho de Luz:  André Rabaça Direcção Plástica e Cartaz: Sofia Silva Construção: José Lopes Costureira:  Marlene Rodriguez Aderecista: Ricardo Neto Designer Gráfico: Tiago Dias Fotografia de Cena: Paulo Pimenta Vídeo: Luís Lima Productions Produção: Mariana Macedo


75 minutos I M/6

10 de Julho

Este corpo já não me serve

Escola de Mulheres

Este Corpo Já Não Me Serve é a nova criação de Marta Lapa, que resgata a sua linguagem coreográfica num cruzamento com códigos teatrais. A sua investigação que se debruça sobre a reinterpretação do movimento pelo corpo do outro, estabelece-se como ponto de partida para a escrita de um texto original, durante o processo de criação. A cena, despida de artifício, é composta por 4 mulheres que são convocadas a cocriar um novo léxico da fisicalidade, numa pesquisa a partir das singularidades do seu corpo, enquanto questionam a pertinência do título. Este Corpo Já Não Me Serve é um mergulho poético sobre as existências de um corpo inadaptado. Marta Lapa, propõe uma composição coreográfica, textual e sonora, num processo de articulação coletiva, que versa sobre a importância da contemplação do belo. Este Corpo Já Não Me Serve é uma premonição do passado que insulta e acaricia o monstro - os seus significados alteram-se diariamente e formam um agradável abismo coreográfico. Hoje encontramo-nos perante a tragédia do outro, os nossos mamilos e o seu futuro.


Encenação e espaço cénico  Marta Lapa Texto original  Ana Sampaio e Maia Cocriação e Interpretação  Ana Sampaio e Maia, Catarina Rabaça, Gracinda Nave, Júlia Valente e Teresa Moreira Assistência de encenação, operação técnica e direção de produção  Ruy Malheiro Desenho de luz  Paulo Santos Figurinos Vítor Alves da Silva Fotografia e produção executiva Inês Matos Vídeo Eduardo Breda Design gráfico  Luís Covas Gravação e pós-produção áudio Pedro Balazeiro Assessoria de imprensa Showbuzz Assistência técnica Maria João Arsénio Estagiária de produção Joana C. Ferreira Direção artística da Escola de Mulheres  Marta Lapa e Ruy Malheiro


70 minutos M/16

25 de Julho

Esta maldita verdade amarga

Kherson Regional Academic Music and Drama theater (Ucrânia)

Confissão de um pai solteiro. Georgiy, tem um problema - está a afogar-se em mentiras até às orelhas. Querendo libertar-se deste pântano de mentiras, grava uma mensagem de vídeo na qual conta a sua difícil história: Desde as suas primeiras memórias de infância até às gruas brancas que a sua filha Viktoriya faz de papel. Georgiy espera que, durante esta história sincera, consiga encontrar uma saída para a situação difícil e impedir a aproximação do seu Apocalipse pessoal e a destruição da confiança que a sua filha deposita nele.


Direção Serhii Pavliuk Dramaturgia Olha Annenko Figurinos Olha Olshanska Música Valeria Mavridi-Mykhailovska Actor Serhii Mykhailovskyi


60 minutos I M/12


Espectáculo inserido na MIT - Mostra Internacional de Teatro

8 de Novembro

A Festa

ACTA - A Companhia de Teatro do Algarve (Faro)

A Festa é um texto sobre a família. Mãe, pai e filho partilham a mesma casa; a mãe tenta fazer alguns avanços para comemorar o aniversário de casamento, o pai procura um qualquer motivo que o afaste daquela casa e o filho é incapaz de estabelecer qualquer comunicação. A Festa é um espetáculo sobre a família, que não sabe comunicar, que se esgota em tentativas de solucionar os seus próprios problemas, mas acaba por criar inevitavelmente um ciclo repetitivo de mal-entendidos. Os espetadores conhecem estas personagens, já as viram, já as foram e já lidaram com elas nalgum momento da sua vida, e assim a ponte de reconhecimento está criada. Felizmente, A Festa é sobre aquela família, os seus problemas, as suas dúvidas e angústias, os seus conflitos e incapacidade de os resolver, portanto uma comédia... o que seria se fosse sobre a nossa!


Autor: Spiro Scimone Encenação: Bruno Martins Assistência de Encenação: Tânia Silva Intérpretes: André Canário, Bruno Martins e Carlos Pereira Cenografia: Luís Vicente e Bruno Martins Figurinos: Luís Vicente e Bruno Martins Desenho e Operação de Luz: Octávio Oliveira Produção Executiva: Raquel Taveira Produção: ACTA - A Companhia de Teatro do Algarve

4 a 14 de Dezembro

Opiário Cocteau - Uma queda horizontal

Teatro Art'Imagem

Partindo fundamentalmente da obra Ópio - diário de uma desintoxicação (1930), e cruzando outros territórios artísticos do autor, o presente espetáculo convida a um périplo multidimensional pelo universo criativo de um dos grandes ícones do movimento surrealista: Jean Cocteau, o homem para quem escrever era o mesmo que desenhar, "atar as linhas de modo a que se tornem escrita, ou desatá-las para que a escrita se torne desenho". Mas eis que uma intoxicação, provocada pelo consumo excessivo de ópio, atira Cocteau para o espaço exíguo de uma clínica médica. Aí, isolado, vive as angústias de um espírito criativo emaranhado num longo processo de desintoxicação. Aquilo que seria um momento de cura, torna-se, na realidade, um triste adeus à droga que o "confortava" e o "elevava". Insurgindo-se contra o tédio de um absoluto confinamento, Cocteau evade-se e catapulta-se para uma viagem onírica, numa dimensão que muito se assemelha àquela que o próprio ópio lhe oferecia. Essa incursão é povoada por um diálogo entre criador e a própria obra, onde se defendem as vantagens purificadoras do ópio e se revisita o vício, a transcendência, a loucura, as criações e as inquietações, mas também a poesia, o cinema e a literatura. Numa dimensão de maravilhoso, há, ainda, encontros com velhos espectros, aqueles com quem Cocteau partilhou os seus enlevos criativos, como Pablo Picasso, Marcel Proust, Raymond Radiguet e Raymond Roussel. Este é um homem que aproveita a sua prisão para refletir e revisitar o caminho de enlevos deixado para trás, de modo a fazer sentido de si mesmo; um homem que, antes de regressar a uma "queda horizontal", exaltará, como nunca antes, a transcendência do espírito humano. 
Cruzando as linguagens de diferentes elementos cénicos – palavra, movimento, imagem e música -, a encenação parte da imagem de Cocteau para, de algum modo, sublinhar a resistência ao próprio surrealismo destes tempos sempre incertos, que arrastam consigo as transformações e as angústias humanas. Trata-se de encontrar, paradoxalmente, qualquer vestígio de liberdade que ainda cintile na restrição; é a redescoberta de um espaço exíguo, que não podendo expandir-se para os lados, ascende em camadas, graças ao voo do pensamento, indo até à dimensão do sonho, onde se escuta "a música dos bandolins de Picasso", se sente a solidão das cores tribais de Paul Gauguin e se reencontram êxtases esquecidos. 


A partir da obra de Jean Cocteau Concepção e Encenação: Pedro Carvalho Dramaturgia: Samuel Pascoal Interpretação: Daniela Pêgo e Flávio Hamilton Cenografia, figurinos e cartaz: Marta Silva Música e sonoplastia: Carlos Adolfo Desenho de Luz, Vídeo e Operação Técnica: André Rabaça Apoio ao Movimento: Ana Lígia Vieira Montagem do Dispositivo Cénico: José Lopes Design Gráfico: Tiago Dias Apoio ao programa/Fundo Teatral Art’Imagem: Micaela Barbosa Produção: Mariana Macedo 


75 minutos I M/16