Rei Ubu - Ubu faz 100 anos

65ª Criação I Estreia: 1 de Novembro de 2001 no Tzero.com.Palco (espaço Art'Imagem) Porto

A partir da obra "Ubu Roi" da autoria de Alfred Jarry, o Teatro Art'Imagem apresenta uma peça que é uma farsa, uma ópera-buffa, algo que fala, de uma forma humorística, sobre o poder, sobre a guerra, sobre os condicionalismos da vida.


Esta obra, que já foi à escala universal, encenada pelos grandes encenadores e grandes companhias de teatro, leva-nos a pensar que muitas vezes a realidade é mais cruel, mais sangrenta, miserável e desesperada que a própria ficção e também que - num momento em que há lutas para saber "quem é que manda / quem é que não manda" no mundo, quem são os terroristas, onde é que estão os terroristas, onde está realmente o poder, a quem pertence o poder, de onde é legitimado o poder - a sua ficção é sempre actual.


Com um enredo acessível - Mestre Ubu é ministro das Finanças e homem de confiança do Rei da Polónia (Rei Venceslau). Insatisfeita com a sua condição, sua mulher, Madame Ubu, decide que ele podia e devia ter mais poder e incita-o a matar o Rei. Há um golpe de Estado durante o qual são assassinados o Rei e dois dos seus três filhos, e Mestre Ubu assume o Governo. Mestre Ubu (ou, nesta altura, Rei Ubu) depressa transforma o seu governo numa ditadura, assente na violação dos direitos humanos e dos direitos dos impostos. Cria grandes impostos e decide que quem não poder pagar esses impostos terá que ser morto (terá que ser "descabeçado") - o ter dinheiro equivale à hipótese de sobreviver. Entretanto, o czar da Rússia (Imperador Alexis), primo do defunto rei Venceslau, decide ajudar o filho deste (Bardalau) a recuperar o poder. Rei Ubu é capturado e deposto e parte para o exílio em França - "Rei Ubu - Ubu faz 100 anos" pretende que o público que a ele assista saia do espectáculo divertido, entusiasmado mas também a reflectir sobre a condição humana...


Espectáculo com um grande número de personagens, lançando grandes desafios ao nível da encenação, das músicas e direcção musical e ao nível plástico. 

Texto: Alfred Jarry
Encenação:
Roberto Merino
Figurinos:
Manuela Bronze
Músicas e direcção musical:
Jorge Constante Pereira
Assistente de encenação:
Afonso Guerreiro
Interpretação:
Pedro Carvalho, António Júlio Ribeiro, Afonso Guerreiro, Susana Barbosa, Susana Lamarão, Elísio Donas ou Pedro Cunha
Assistente de encenação:
Afonso Guerreiro
Desenho de luz e Direcção de montagem:
Pedro Carvalho
Operação de luz:
Luís Terno
Esculturas:
António Júlio Ribeiro, Afonso Guerreiro, Roberto Merino
Construção de cenografia em ferro:
Pedro Leitão
Construção de cenografia em madeira:
José Lopes
Efeitos especiais:
António Ribeiro
Fotografia:
André Pinho
Execução de figurinos:
Manuela Lopes e Maria Isabel Costa
Produção executiva:
Susana Lamarão com André Pinho, Bruno Cardoso, Micaela Barbosa
Direcção de produção:
Jorge Mendo


Share by: