Opiário Cocteau - Uma Queda Horizontal
124ª Criação do Teatro Art'Imagem
Estreia dia 4 de Dezembro às 19h00
Temporada até dia 14 de Dezembro
Quarta e Quinta às 19h00
Sexta e Sábado às 21h30
Domingo e Segunda-Feira (Feriado, dia 8) às 16h00
Auditório da Quinta da Caverneira
75m I M/16

Sinopse
Partindo da obra Ópio – Diário de uma Desintoxicação (1930) e convocando outros
territórios criativos de Jean Cocteau, artista multifacetado, o presente espetáculo propõe um périplo multidimensional pelo universo de uma das figuras mais marcantes do século XX. Embora frequentemente associado ao surrealismo, Cocteau recusou sempre pertencer a qualquer “escola artística”. Era o homem cujo coração girava ao contrário do costume, o homem a quem faltava um “dispositivo de fixação” e que o encontrou no ópio — não como via para abrir as portas da perceção, mas como recurso para suportar a “dificuldade de ser”.
Em 1928, contudo, uma segunda intoxicação empurra-o para o espaço exíguo de uma clínica. Ali, isolado, enfrenta as agonias do processo de desintoxicação; e aquilo que deveria ser um momento de cura transforma-se numa despedida da “papoila” que o embalava e o fazia voar numa montgolfière. A queda das pétalas torna-se inevitável, e os últimos instantes assumem a forma de uma viagem onírica. Durante esse percurso interior, criador e impulso criativo dialogam, revisitam o vício, atravessam o espelho e reencontram espectros de amizades, como Marcel Proust, Pablo Picasso, Erik Satie ou Édith Piaf. Esta é a história de um homem que utiliza o confinamento para repensar o caminho de enlevos deixado para trás, na tentativa de reconstruir o sentido de si próprio; um homem que, antes de regressar à sua “queda horizontal”, exalta, como nunca antes, a
transcendência do espírito humano.
Cruzando as diversas linguagens de Jean Cocteau — teatro, cinema, desenho e poesia -, a encenação e o seu jogo metateatral sublinham a resistência ao próprio surrealismo das angústias humanas. Provocam a redescoberta de um espaço exíguo que, não podendo expandir-se lateralmente, se eleva em camadas graças ao voo do pensamento, alcançando a dimensão do sonho, onde ressoa “a música dos bandolins de Picasso”.
Ficha Artística e Técnica
A partir da obra de Jean Cocteau Concepção e Encenação: Pedro Carvalho Dramaturgia: Samuel Pascoal Interpretação: Daniela Pêgo e Flávio Hamilton Cenografia, figurinos e cartaz: Marta Silva Música e sonoplastia: Carlos Adolfo Desenho de Luz, Vídeo e Operação Técnica: André Rabaça Apoio ao Movimento: Ana Lígia Vieira Montagem do Dispositivo Cénico: José Lopes Design Gráfico: Tiago Dias Apoio ao programa/Fundo Teatral Art’Imagem: Micaela Barbosa Produção: Mariana Macedo Direção Artística do Teatro Art’Imagem: José Leitão
Bilheteira
5,00€
Normal
3,00€ Estudantes, Crianças menos de 6 anos, M/65, Profissionais das Artes Cénicas, Desempregados e sócios do Sindicato dos Bancários do Norte.
Horário:
30 minutos antes do início de cada espetáculo
Informações:
tel. 917 691 753 | 918 410 003





